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Cultura urbana: Comércio ganha circuito permanente de obras artísticas

Artistas contemporâneos homenageiam grandes baluartes da Bahia no Rua - Roteiro Urbano de Arte

  • Foto do(a) author(a) Ronaldo Jacobina
  • Ronaldo Jacobina

Publicado em 20 de dezembro de 2020 às 16:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Erivan Morais/Divulgação
Laroyê é o tributo de Ray Vianna a Mario Cravo Júnior por Divulgação

A região do Comércio vai virar um museu a céu aberto. Ruas e praças do bairro estão ganhando obras de artes das mais diversas linguagens que passarão a integrar o cotidiano de quem transita pela região.

A expectativa é de que o projeto, que ganhou o nome de Rua – Roteiro Urbano de Arte seja entregue oficialmente pelo prefeito ACM Neto na última semana deste mês. As obras ficarão permanentemente no local.

Instalações, esculturas, intervenções artísticas e grafites de vários artistas contemporâneos estão sendo instalados naquela área, homenageando mestres consagrados das artes visuais baianas, que não só contribuíram para a construção do imaginário visual da cidade, como abriram caminho para produção artística contemporânea, hoje herdeira desse legado.

O projeto, desenvolvido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) com a curadoria do baiano radicado em São Paulo, Daniel Rangel, tem a participação dos artistas Vinicius S.A., Zuarte, Iêda Oliveira, Lanussi Pasquali, Ray Vianna, Ayrson Heráclito, Bel Borba e Bigod que homenageiam, respectivamente, os mestres Rubem Valentim, Reinaldo Eckenberger, M.B.O., Mario Cravo Júnior, Mestre Didi, Carybé e Yedamaria.  

O circuito de arte, que começa a partir do Plano Inclinado passando pelas ruas da Grécia, dos Ourives, Francisco Gonçalves, Miguel Calmon e Conselheiro Dantas, além da Praça da Inglaterra e das avenidas da França, e Estados Unidos, vai se conectar com outros equipamentos turísticos do bairro e do restante do Centro Histórico.

De acordo com Fernando Guerreiro, presidente da FGM, as instalações foram concebidas para ocupar os espaços e dialogar com o entorno arquitetônico e com os conceitos relacionados aos respectivos homenageados. Além disso, faz parte da política da fundação de valorização do centro da cidade.

A proposta, segundo Guerreiro, é retomar o movimento que aconteceu entre os anos 1940 a 1960 de inserir a arte nos espaços públicos: “Esse primeiro conjunto escultórico é o pontapé inicial de um trabalho que a Prefeitura de Salvador pretende ampliar, trazendo novas obras para aquela região que tem historicamente uma vocação para as artes”.

Com exceção da obra Lágrimas, de Vinicius S.A, todas as peças foram criadas exclusivamente para o projeto. “Quando vi o espaço, logo pensei que ali seria um lugar ideal para receber a obra de Vinicius S.A que já percorreu museus de várias partes do mundo e agora encontrou seu pouso ideal”, conta o curador.

A obra, composta por milhares de lâmpadas que dão o efeito de lágrimas foi instalada sob um pergolado de madeira que ganhou um teto azul que se integra ao céu da cidade. A peça, de grandes dimensões, teve que ser adaptada para o local.

Curadoria De acordo com Rangel, a escolha dos artistas e dos homenageados levou em conta a diversidade e também a afinidade entre as obras de ambos. “Outra característica considerada, além da relevância do time, foi escolher artistas que tivessem a característica de escala, já que seriam obras de grandes dimensões”, explica.

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Para o artista Zuarte, esta foi uma oportunidade de homenagear um dos mestres que sempre admirou e que teve a oportunidade de trabalhar duas vezes como criador do projeto expográfico de suas duas últimas exposições.

“Embora já conhecesse bem a obra dele, desta vez fucei mais fundo buscando um paralelo entre o meu trabalho e o dele e cheguei a essa série Maternos, que me remeteu a uma exposição que fiz nos anos 1980, que chamou Que peitaria é essa?”, explica o artista que espalhou pela Avenida Miguel Calmon e Praça da Inglaterra, várias peças de sua autoria, ressaltando o humor, o erotismo e o deboche, característicos da obra de Eckenberger.

O projeto, ressalta Fernando Guerreiro, conecta a Casa do Carnaval ao Doca 1 / Mercado Modelo. “A proposta é reforçar também o turismo, apresentando um roteiro de conexão entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, guiado por arte e criatividade e com vista pra Baía de Todos-os-Santos que pode ser admirada do bondinho do Plano Inclinado Gonçalves”, conclui.