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Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2015 às 08:26
- Atualizado há 2 anos
O caso do desaparecimento de Geovane Mascarenhas Santana, em agosto de 2014, foi revelado com exclusividade pelo CORREIO. Relembre:
13 de agosto de 2014, CORREIO PUBLICA PRIMEIRA MATÉRIA relatando o sumiço do jovem Geovane desde dia 2 de agosto. O pai dele, Jurandy Silva de Santana, já havia registrado seu desaparecimento no dia 4, junto à polícia. Cinco dias depois, ele, por conta própria, descobriu que, no mesmo dia 2, PMs da Rondesp abordaram um rapaz na Calçada e o levaram na viatura. No dia da publicação, a PM negou ao CORREIO que Jurandy houvesse registrado o desaparecimento, embora ele tivesse o documento em mãos.14 de agosto de 2014, Polícia identifica e afasta da rua PMs envolvidos na abordagem a Geovane. A corporação, porém, ainda se nega a identificar os policiais. Na véspera, depois da publicação da matéria e do documento, PM admite, em nota, que Corregedoria havia, sim, recebido queixa registrada por Jurandy. Ele é ouvido na Corregedoria da PM e Grupo Tortura Nunca Mais oferece apoio à família. Dois inquéritos correm paralelamente: um na Corregedoria da PM e um na Polícia Civil, sob responsabilidade do DHPP.15 de agosto de 2014, POLÍCIA DIZ TER ENCONTRADO RESTOS DE GEOVANE E POLICIAIS SÃO PRESOS e, finalmente, identificados como o subtenente Claudio e os soldados Jesimiel e Jaílson. Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) diz que mão esquerda encontrada carbonizada junto com cabeça em Campinas de Pirajá é de Geovane. O resto do corpo é encontrado no Parque São Bartolomeu. Pai do jovem afirma que enterrará o que lhe derem.24 de agosto de 2014, CORPO DE GEOVANE É ENTERRADO no município de Serra Preta, no Centro-Norte do estado, exatos 22 dias após o desaparecimento. Cerca de 300 pessoas vão ao enterro do jovem. “Estaria em depressão se não fizesse o que estou fazendo hoje. Sinto dor, e também um pouco aliviado”, diz Jurandy na ocasião. Durante a procura pelo filho, ele visitou 21 unidades diferentes, entre delegacias, corregedorias, companhias de polícia, hospitais, presídios e até o Instituto Médico Legal.18 de setembro de 2014, Laudo aponta que Geovane morreu por decapitação. Resultado do exame cadavérico que classifica ação de policiais como “dantesca” é revelado com exclusividade pelo CORREIO. O corpo foi envolto em um plástico antes de ser carbonizado e a arma do crime foi um “objeto cortante ou penetrante”. Ela não foi encontrada.