Copa do Mundo mostra sua cara, e viva o Senegal!

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  • Paulo Leandro

Publicado em 28 de setembro de 2022 às 05:08

- Atualizado há um ano

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A França Preta de Kanté, Pogba e Mbappé somada à rapidez e qualidade no passe de Benzema fazem do país onde nasceram Jean-Paul Sartre e Castor, além de tantas outras craques do pensamento, a seleção favorita a ganhar seu terceiro Mundial no “Vai-te-Qatar”, cheio da grana, cada estádio luxuoso, e tantos mortos na construção, nada a ver com a proposta da Taça Jules Rimet.

Holanda e Equador não são bobos, mas aposto no Senegal de Sadio Mané, considerando ter passado do tempo de um país da África conquistar o mundo, este mesmo mundo tão cruel com os africanos, como se pode ler e ver em A Mitologia Maldita.

Trata-se do novo clássico do professor doutor em Paris, Renato da Silveira, relatando como a produção de livros, revistas, jornais e afins contribuiu, via poder simbólico, para chacinas e pilhagens no continente invadido pelos “tão-bonzinhos” europeus, com sua bíblias e “bondade”.

Também estão entre meus favoritos a querida Argentina de dom Diego Armando Maradona: até hoje desacredito em seu desencarne precoce. Dieguito é melhor, enquanto Pelé aparenta estar vivo... Boto fé nos gardelitos: Messi, Di María, Romero, Otamendi... Mas a Fifa não curte.

Arrisco apostar na Costa Rica, um país sem Exército, está na Constituição! Mesmo pequenino, tem revelado talentos. Espanha, Alemanha e Japão terão de jogar muita bola para passar pelos atrevidos costarriquenhos.

O Grupo B é aula de geopolítica, pois tem o primeiro país a sofrer um golpe da Gestapo estadunidense (CIA) em 1953: o Irã se retou e quis ficar com seu petróleo em vez de seguir roubado; Inglaterra e EUA bagunçaram a democracia iraniana, hoje uma teocracia.

Marrocos e Croácia bem que podiam eliminar a Bélgica: é o kharma do rei Leopoldo, aquele das amputações dos congoleses, vomito quando lembro disso e, para piorar, tem um jogador belga chamado Carrasco.

Não cortaram o braço de Lukaku, né, os belgas têm sorte (ou Hazard), então podem perturbar, como fizeram com os amarelinhos em 2018, cujo padrão perdeu o peso e o moral, fazendo do Brasil uma seleçãozinha qualquer, feita para passar a boiada.

Nada de patriotada pra Neymar cai-cai e Gabriel Jesus (o anjo e o salvador). Sou mais a Sérvia de Dejan Petkovic, prof. Dr. pela Escola de Altos Estudos Fútil-bolísticos de Canabrava. Aliás, dois altos: perdoo-me pela ignorância, que lorota é essa de “Vitória Colossal” com rima imediata?

O Vitória é o Decano, o Negô, Campeão de Terra e Mar, o Leão, Campeão da Técnica e da Disciplina, o Imbatível, em homenagem à torcida uniformizada, “mim-respeite”, este “apelide" parece mais coisa de “sardenha” de olho-grosso no Pai dos clubes, a prova da existência de Deus.

Uruguai, meu amado Uruguai do “Legalize it, don’t criticize it”, está entre minhas apostas do Grupo H, é jogo duro com Gana e Coreia do Sul - esta seleção, assim como Costa Rica, se não roubarem, podem chegar longe, esqueçam os especialistas tolinhos dando risada sem graça.

Contem aí quantos favoritos, porque já deu a hora de entregar o texto e sou ruim de conta: fiz banca de matemática desde a sexta série. Os restantes são azarões mais os eliminados precocemente Itália, Hungria e Egito. Não importa, o fútil-bol é uma caixinha de muitas surpresas.

Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade. A opinião do autor não reflete necessariamente a do CORREIO.