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Doris Miranda
Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 06:12
- Atualizado há 2 anos
Inspirada livremente na saga literária de Cressida Cowll, Como Treinar Seu Dragão é uma das franquias mais legais do universo de animação. Mas, a história dos amigos inserparáveis do viking Soluço e do dragão Banguela chega ao fim no cinema, com o longa-metragem que estreia hoje fechando a trilogia iniciada há nove anos.
Com faturamento de mais de US$ 1 bilhão ao redor do mundo, a trama que narrou uma história de aceitação de diferenças, mostra como pode ser difícil não seguir o padrão dominante e como essa quebra de paradigmas nos afeta em todos os sentidos. Astrid e Soluço estão juntos e felizes (Foto: Divulgação) Nesta nova aventura, o grupo de vikings e dragões, todos já bastante pacificados, se depara com uma ameaça ainda maior e Banguela corre risco de vida na mão de um caçador de Fúrias da Noite. A saída mais fácil parece fugir da vila onde vivem, a inóspita ilha de Berk. Outras trilhas até são abertas, como o lendário Mundo Escondido, onde vivem milhares de dragões desconhecidos.
Mas, se a solução dos problemas fosse fácil assim, a vida da dupla teria tomado outro rumo. Unidos por um amor incondicional, eles construíram suas personas juntos e aprenderam a apoiar as decisões um do outro. E eles decidem enfrentar o perigo de frente, porque, caso contrário, a vida da população de Berk será de eterna fuga. Em paralelo, cada personagem precisa lidar com suas batalhas internas: seja uma briga entre irmãos, controlar uma aldeia, se entregar ao amor ou fazer escolhas difíceis em prol de um benefício maior. Banguela vai encontrar sua alma gêmea, a fêmea Light Fury (Foto: Divulgação) Desconhecido Agora chefe de seu clã, Soluço assume mais responsabilidades como governante, mas também enfrenta duras questões na forma como conduz seus relacionamentos. Até então único de sua espécie, Banguela descobre uma Fúria da Luz (sua versão branca e brilhante), por quem se apaixona - preste atenção na ‘dança do acasalamento’ dele, que rende risadas relaxantes diante da tensão que se forma diante da guerra iminente.
“Criamos o que achamos ser uma maneira agridoce de dizer adeus a esses personagens. Os personagens mais memoráveis são aqueles que refletem nossas falhas. O triunfo para eles significa ainda mais”, explica o diretor Dean DeBlois, também condutor dos outros filmes da saga. “Agora, você vai entender porque o Soluço diz que ‘havia dragões quando eu era menino' no trailer. E até o final desse filme, você entenderá o que pode ter acontecido com eles. A ideia é arrancar algumas lágrimas, mas sem que os espectadores nos odeiem”, explica DeBlois. “Sempre acho que falhei quando deixam de chorar nos meus filmes”, completa.
Se a aceitação e o perdão era o mote dos filmes anteriores, o desconhecido dá o tom dessa jornada de crescimento. “Acho que os fãs vão ficar ao mesmo tempo triste e satisfeitos com o final”, opina Jay Baruchel, ator que dubla Soluço na versão original.
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Uma das franquias mais importantes da Universal, Como Treinar o Seu Dragão já arrecadou mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,7 bilhões) ao redor do mundo com os dois primeiros longas. O primeiro teve uma das maiores bilheterias da DreamWorks Animation e chegou a ser indicado ao Oscar de melhor filme de animação e melhor trilha sonora. Entre um filme e outro, o dragão e seu amigo viraram game e até série de televisão.
A continuação, lançada em 2014, levou o prêmio de melhor animação do Globo de Ouro e foi novamente indicada ao Oscar, mas perdeu para o gigante Frozen - Uma Aventura Congelante. Se tudo correr como indica o site Hotten Tomatoes, que mostra 100% de críticas positivas, o capítulo final vai pela mesma trilha de sucesso.