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Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2021 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Aspectos como longevidade na expectativa de vida, mudança climática, desigualdade social, migrações e adensamento populacional causam pressões e riscos nos sistemas urbanos e são desafios para as cidades do século XXI. Desde que foi incluída, em 2016, pela Fundação Rockfeller, na rede de 100 cidades resilientes no mundo, Salvador tem desenvolvido estratégias que contribuem para responder a estes fatores, como a criação de iniciativas inovadoras na governança dos serviços urbanos e no estímulo ao desenvolvimento sustentável.
Para a secretária de Sustentabilidade e Resiliência de Salvador (SECIS), Edna França, participar da Rede de Cidades Resilientes traz para a capital baiana visibilidade e reconhecimento nacional e internacional, o que atrai interesses de outras organizações, investidores e turistas. O município é um dos 100 do mundo na comunidade de lideranças globais e cidades inovadoras preparadas para promover a resiliência urbana. No Brasil, além de Salvador, apenas Porto Alegre e Rio de Janeiro integram a rede.“A participação no programa também permitiu que a cidade fizesse as parcerias para o desenvolvimento e implementação de ações. A exemplo da Fundação Avina, que resultou em um estudo e em dois editais, permitindo que 20 startups pudessem receber capacitação técnica em gestão de negócios, empreendedorismo, pitch e capital para desenvolver um projeto piloto ou escalar seus negócios, além da parceria com a VISA para a implementação de um programa de inclusão digital produtiva que será lançado nos próximos meses”_Edna França, secretária de Sustentabilidade e Resiliência de Salvador (SECIS)Os pilares da estratégia de resiliência de Salvador são cinco: Cultura e Múltiplas Identidades; Comunidade Saudável e Engajada; Economia Diversificada e Inclusiva; Cidade Informada e Governança Inovadora e Transformação Urbana Sustentável. “O desafio agora é, principalmente, conseguir implementar essas ações estratégicas que Salvador se propôs, especialmente o que está relacionado à superação da principal provocação de resiliência para a capital baiana: a desigualdade social”, conta a secretária da SECIS.
A prova de que Salvador tem trilhado o caminho da resiliência é seu desenvolvimento sustentável. Nos últimos anos, a Prefeitura plantou mais de 75 mil mudas de árvores, realizou paisagismo em cerca de 100 quilômetros de extensão e arborizou 260 novos espaços. Todas as grandes obras, como o BRT, passaram a contar com projeto ambiental compensatório. Além disso, a gestão municipal elabora um projeto de inclusão digital produtiva e realiza o Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PMAMC), que funcionará como um guia com diretrizes e recomendações no assunto dentro da cidade.
PILARES DA ESTRATÉGIA DE RESILIÊNCIA PILAR 1: Cultura e Múltiplas Identidades PILAR 2: Comunidade Saudável e Engajada PILAR 3: Economia Diversificada e Inclusiva PILAR 4: Cidade Informada e Governança Inovadora PILAR 5: Transformação Urbana Sustentável
Mudanças do clima O enfrentamento às mudanças climáticas é um dos principais desafios globais que vem sendo priorizado por Salvador ao longo dos últimos seis anos. Através de diversas parcerias internacionais e da elaboração de planos e estratégias municipais, a Prefeitura tem dado largos passos na construção de uma cidade mais sustentável, igualitária e resiliente.“As parcerias internacionais permitem que Salvador obtenha apoio técnico, por meio da realização de oficinas, workshops e cursos, para capacitar servidores públicos em diferentes temas relativos às mudanças do clima, como a elaboração de um inventário de Gases de Efeito Estufa, de como fazer ações climáticas inclusivas, sobre adaptação e para criar multiplicadores de Educação Ambiental e Climática, entre outros”, destaca a secretária.A principal estratégia utilizada pela Prefeitura para viabilizar esses avanços é a participação de Salvador em redes globais de cidades, organizações internacionais dedicadas à sustentabilidade e resiliência e a assinatura de compromissos e acordos internacionais ligados ao tema ambiental. Alguns dos destaques são a adesão à C40 em 2015, ao Acordo de Paris em 2016 e a assinatura do Compromisso 2020 com a C40 no ano de 2017 - ocasião na qual o ex-prefeito ACM Neto se comprometeu com a construção de um plano climático para Salvador até 2020. Tal compromisso foi executado com sucesso, com o lançamento do PMAMC em dezembro do ano passado, que está em fase conclusão e será disponibilizado para a população.
Dentre as ações realizadas em parceria com organizações internacionais para viabilizar e executar planos e projetos ligados ao desenvolvimento sustentável e à resiliência de Salvador estão a ajuda para a criação do Painel Salvador de Mudança do Clima e o financiamento de estudo para adaptação baseada em ecossistemas e adaptação do setor de turismo soteropolitano às mudanças climáticas pela Agência Internacional de Cooperação Alemã (GIZ) e, com apoio da Fundação Avina e da Rede de Cidades Resilientes, o lançamento do Desafio de Impacto Salvador com os editais Mulheres e Tecnologia e Economia Circular.
Além dessas iniciativas com impacto direto no combate às Mudanças do Clima, outras ajudam a capital baiana na transição para uma economia de baixo carbono, como a parceria com Fundação Ellen Macarthur, que se dedica ao desenvolvimento e à promoção da Economia Circular. Neste projeto, Salvador integra a iniciativa Cidades e Economia Circular para Alimentos, em que participa de uma série de reuniões e oficinas no tema, e do Grupo de Trabalho para Compras Públicas Sustentáveis.
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