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Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2021 às 08:11
- Atualizado há 2 anos
O agravamento do estado de saúde do humorista Paulo Gustavo, de 42 anos, fez com que a equipe médica que cuida dele escolhesse um outro tratamento para ajudá-lo a vencer a batalha contra a covid-19.
Internado em uma UTI de um hospital no Rio de Janeiro desde o dia 13 de março e intubado no último dia 21, o humorista chegou a apresentar sinais de melhora, mas acabou tendo um agravamento na sua situação nesta sexta (2). Por conta disso, agora ele está respirando com a ajuda de ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea). O equipamento funciona como um pulmão artificial e oxigena o sangue fora do corpo.
Segundo médicos, esse tipo de tratamento é usado apenas em pacientes muito graves e que já não respondem à ventilação mecânica. "A ECMO é uma terapia complexa e arriscada, indicada a pacientes que têm chance de morrer em torno de 90%. É ressuscitar o paciente”, explicou Marina Pinheiro Rocha Fantini, coordenadora da Cardiologia Pediátrica e da equipe de ECMO da Rede Mater Dei de Saúde, em entrevista ao Estado de Minas, em julho do ano passado. A médica não é responsável pelo tratamento do humorista, mas realiza o procedimento em diversos pacientes com covid-19 em Minas Gerais.
Segundo uma pesquisa realizada em julho do ano passado, a ECMO conseguiu salvar cerca de 55% dos pacientes que usaram a técnica no Brasil.
Em nota, a equipe de Paulo Gustavo disse que optou por mudar o tratamento para que o pulmão dele possa funcionar melhor. "Optamos pelo início da terapia coadjuvante com ECMO, com o objetivo de permitir uma melhor recuperação da função pulmonar", afirmaram os profissionais em nota. "Após o agravamento ocorrido, a situação permanece estável nas últimas horas."
Mais cedo, o pai de Paulo Gustavo já tinha se mostrado preocupado com a situação do humorista e pediu orações para o filho. "Paulo Gustavo está enfrentando uma árdua e dolorosa luta. Por isso, nesse domingo de Páscoa, abençoado, vamos unir nossa fé, com muita força e energia, às 18 horas, um horário muito forte num dia muito especial. Cada um com sua fé, religião, crença, mas principalmente, muita energia", escreveu Julio Marcos.