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Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2020 às 10:22
- Atualizado há 2 anos
Mais 55 respiradores foram entregues a Salvador nesta segunda-feira (10) e serão usados para fortalecer a luta contra a pandemia de covid-19 na capital. O prefeito ACM Neto apresentou os equipamentos durante evento na Central de Logística do Município, na estrada para Campinas de Pirajá.>
Dos novos respiradores, 50 foram cedidos pelo Hapvida em sistema de comodado com a prefeitura, que vai usar os equipamentos sem custos enquanto durar a pandemia. Outros 5 foram doados pela Susano e ficarão com o município. A empresa vai doar ainda outros 3 respiradores, que devem chegar nos próximos dias.>
Vinte dos respiradores serão cedidos ao governo do estado. Outros 20 irão ampliar em 20 leitos de UTI a capacidade do hospital de campanha do Wet'n Wild, que chegaria com isso a 40. Outros 10 devem ir par ao Hospital Salvador, dependendo da resolução de uma disputa judicial entre prefeitura e Ufba sobre os leitos para pacientes com covid-19 no lotal - Neto afirmou que vai a Brasília essa semana para tratar do assunto diante do Supremo Tribunal Federal (STF). Outros cinco ficarão como reserva, caso aconteça algum problema com algum respirador da cidade.>
"Vinte estamos cedendo para o interior do estado", afirmou Neto. "Nosso plano de expansão na capital está todo desenhado. Segundo, porque desde o início da pandemia aqui em Salvador temos recebido pacientes tanto da capital quanto do interior. A ampliação de leitos no interior, ela interessa à capital. Ela ajuda diretamente no controle da taxa de ocupação dos leitos de Salvador", afirmou Neto durante o evento. "Quanto mais leitos no interior, menos pacientes do interior na capital".>
O secretário de Saúde da cidade, Leo Prates, avaliou que a reabertura das atividades em Salvador tem sido até agora "extremamente positiva". A cidade começa hoje a fase 2 e está com a ocupação dos leitos de UTI para covid-19 em 55%. (Foto: Gil Santos/CORREIO) "Isso dá uma grande folga pro sistema. Pra fase 2 poder voltar a fechar seria preciso 75% dos leitos de UTI ocupados, o que esperamos que não alcance. A chegada desses respiradores nos dá possibilidade de ampliação dos leitos, para sustentar essa taxa", afirmou Leo. Neto expressou a mesma ideia. "Nem nas nossas previsões mais otimistas a gente conseguia imaginar nossa início de fase 2 com uma taxa de ocupação de 55%".>
Leo Prates afirmou que mesmo com a taxa de ocupação já no índice necessário para início da fase 3, será preciso esperar 14 dias observando como será o desenrolar desta fase 2. >
"Se a gente tiver uma tendência de alta, isso quer dizer que não é hora ainda de abrir a fase 3", diz. "Aconteceu ao contrário (na fase 1), graças a Deus as pessoas tiveram consciência, os comerciantes cumpriram protocolos e a gente está numa tendência de descida grande. Saimos de 75% para 55% de ocupação em 15 dias. Quero parabenizar também o trabalho do governo do estado, com abertura de leitos no interior, logicamente isso desafoga a capital", completou o secretário.>
Neto também falou da próxima etapa. "A ativação da terceira fase, assim como a decisão sobre funcionamento das escolas e reabertura das praias, vai acontecer a partir de agora, analisando o impacto dessa segunda fase, observando como vão se comportar, de um lado, os estabelecimentos que estão voltando e de outro, claro, da população, cada cidadão", disse. Só depois devem vir os protocolos para essas outras atividades.>