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Cineastas e produtores baianos lançam manifesto em defesa da Ancine

Texto diz que governo federal avança "como um trem desgovernado" contra o cinema brasileiro

  • D
  • Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 20:30

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Jackson Romanelli / Universo Producao

Produtores, cineastas, roteiristas, atores e pessoas ligadas à cultura da Bahia lançaram nesta quarta-feira (7) um manifesto em defesa do cinema nacional e da Agência Nacional de Cinema (Ancine), depois das falas do presidente Jair Bolsonaro contra a instituição. 

A iniciativa de organizar o manifesto foi da Associação de Produtores e Cineastas da Bahia (APCBahia) e assinam o documento nomes como Wagner Moura, Henrique Dantas, Helena Ignez, Orlando Senna e outros. 

Ao CORREIO, Henrique Dantas, responsável por "Admirável Mundo Novo" e "Sinais de Cinza", afirmou que a sociedade precisa lutar pela cultura brasileira. "A gente tem que entender que o audiovisual ele é a janela da sociedade, a porta da sociedade, como a cultura de uma forma geral. Ele que mostra quem somos, ele que mostra pra onde vamos, o que queremos ser. A cultura, na sociedade, é a coisa mais importante que pode existir depois da educação e da saúde. Por tudo que o FSA tem feito, o audiovisual tem feito de geração de emprego, de PIB... A gente tá falando de 0,5% do PIB, de 330 mil empregos, de muita coisa, muita gente envolvida. A cada R$ 1 investido no audiovisual volta R$ 2,6", diz Dantas.

Ele conta que a Ancine estava valorizando projetos de vários pontos do Brasil. "Pela primeira vez, no Brasil, a gente teve produções que não eram só do Rio e de São Paulo. Longas do Acre, do Amapá, da Amazônia, do Pará. É muita coisa acontecendo. O que a gente está tentando mostrar para a sociedade é que a cultura é, sim, muito importante", diz.Dantas compara:  "A gente vê muita gente pagando milhares de reais para ir pra Paris pra ver cultura e a gente não consegue entender que essa cultura também faz parte da nossa vida, da nossa história, que nós temos nossos Louvrezinhos pequenos, nossas torres eiffelzinhas pequenas, nossos Seninhas. A gente tem também essa plataforma importante de cultura e a gente precisa lutar por ela, todo mundo. A cultura não é só de quem faz, é também de quem consome, é de todo mundo".O texto do manifesto acusa o novo governo de querer "destruir a autonomia da sociedade civil", substituindo-a pela barbárie. Diz ainda que o governo federal investe "como um trem desgovernado" contra o cinema nacional. "Não imaginávamos tamanha sanha predatória, justamente porque o mercado audiovisual é um setor fora da curva da crise econômica que o pais enfrenta", afirma o manifesto, que destaca um crescimento de 8% ao ano do setor. 

O texto critica o que chama de desmonte da Ancine, apontada como essencial para o crescimento do cinema nacional. Relaciona o ataque atual, "estúpido e cruel", ao que aconteceu com a Embrafilme, em 1990, extinta pelo governo Collor, o que "provocou uma crise profunda no cinema brasileiro, cuja retomada foi longa, lenta e penosa". 

Cinco ações do governo federal são listadas como "desastrosas" para o setor do cinema e audiovisual. A extinção do Ministério da Cultura, rebaixado ao nível de secretaria ligada ao Ministério da Cidadania; as mudanças na Leia Rouanet; a transferência do Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cidadania para a Casa Civil; a transferência do núcleo da Ancine do Rio para Brasília; e, por fim, a ameaça de retirar da Ancine a gestão do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). 

Bolsonaro atacou a Ancine várias vezes no mês de julho. Ele criticou o suposto "ativismo" na produção de filmes brasileiros, citando como exemplo o filme "Bruna Surfistinha", que narra a história de uma ex-garota de programa.  "Agora há pouco, o Osmar Terra (Cidadania) e eu fomos para um canto e nos acertamos. Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá. Ele apresentou propostas sobre a Ancine, para trazer para Brasília. Não somos contra essa ou aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir, em respeito às famílias, uma coisa que mudou com a chegada do governo", disse o presidente. No mesmo dia, ele assinou a transferência do Conselho Superior de Cinema, responsável pela política nacional de audiovisual, do Ministério da Cidadania para a Casa Civil. O objetivo é que o Palácio do Planalto tenha mais influência sobre o órgão. Oficialmente, o intuito é "fortalecer a articulação e fomentar políticas públicas necessárias à implantação de empreendimentos estratégicos para a área". Wagner Moura é um dos signatários do manifesto  Leia o manifesto:

O Brasil vive uma época estranha e dissoluta. A cada dia presenciamos novos atos que ameaçam nosso processo civilizatório. O Governo Federal atenta contra os direitos dos trabalhadores e pensionistas, contra a educação e a universidade pública, contra os povos indígenas e quilombolas, contra a liberdade de imprensa e o direito constitucional, enfim, contra os setores produtivos, criativos, que representam um pensamento de liberdade e diversidade no país. Essas investidas representam o atraso e o retrocesso nas práticas democráticas, no avanço das políticas públicas e das conquistas sociais. O que eles querem é destruir a autonomia da sociedade civil, e em seu lugar erigir a BARBÁRIE!

E, como um trem desgovernado, o governo federal investe contra o cinema nacional. Não imaginávamos tamanha sanha predatória, justamente porque o mercado audiovisual é um setor fora da curva da crise econômica que o pais enfrenta. Com um crescimento de 8% ao ano e representando aproximadamente 0,5% do PIB nacional, o audiovisual brasileiro tem números superiores ao das indústrias de celulose, têxtil, farmacêutica, entre outras. Atualmente, o setor movimenta R$ 25 bilhões por ano e mais de 12 mil empresas empregam cerca de 340 mil profissionais direta e indiretamente.

Para que pudéssemos atingir esse patamar, foi, e tem sido fundamental a atuação da Agência Nacional do Cinema – ANCINE, autarquia especial criada em 2001 que regula e fomenta a atividade do setor audiovisual no país. Nos últimos meses, presenciamos, estarrecidos, o processo em curso de DESMONTE que a ANCINE está sofrendo. Esse movimento estúpido e cruel de ataque à ANCINE e ao cinema nacional, por incrível que pareça, tem precedente na história: a extinção da EMBRAFILME em 1990, promovida pelo governo Collor, que provocou uma crise profunda no cinema brasileiro, cuja retomada foi longa, lenta e penosa. O Cinema Nacional, além de carregar consigo toda uma cadeia produtiva econômica, sendo capaz de gerar emprego, tributos e renda, é uma linguagem necessária para a construção da identidade de um povo, sendo um dos mais eficientes canais de difusão da cultura de nosso país em todo o mundo.

São muitas, e diversas, as desastrosas intervenções do Governo Federal na cultura e no setor audiovisual:

1. A extinção do Ministério da Cultura – MinC e sua incorporação, rebaixada ao nível de secretaria, ao Ministério da Cidadania. Criado em 1985, como uma conquista do setor cultural do país, o MinC já havia sido extinto no Governo Collor e o setor cultural sofreu as consequências desse ato durante longos anos. 2. As mudanças na Lei Rouanet, reduzindo drasticamente o teto para captação na iniciativa privada. 3. Transferência do Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cidadania para a Casa Civil, reduzindo o número de representantes da indústria audiovisual e da sociedade civil e, com isso, promovendo o esvaziamento do Conselho, órgão responsável pela política nacional do audiovisual.  4. Transferência do núcleo de gestão da ANCINE do RJ (onde está desde a sua fundação em 2001) para Brasília. Ato absolutamente desnecessário, que apenas irá provocar aumento dos custos para o erário. 5. Ameaça de retirar da ANCINE a gestão do  Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, a principal fonte de fomento ao mercado de cinema e televisão no país. Essa medida deve aumentar a ingerência do Poder Executivo na destinação de recursos ao setor audiovisual. 6.  Ameaça de extinção da ANCINE, feita pelo próprio Presidente da República em afirmação de que se ela não for privatizada ou extinta terá um filtro, ou seja, a censura prévia, contrariando frontalmente a Constituição do país que diz que “é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.

Enfim, essas intervenções descabidas e autoritárias e o clima geral de medo e insegurança que elas provocam, se desdobram na paralisia das linhas de fomento do FSA (ver os editais “Audiovisual Gera Futuro” e o das “TVs Públicas” que estão totalmente parados). Certamente que tudo isso já está provocando graves consequências no mercado, o que brevemente será atestado com a queda no número de produções no ano de 2019 e nos próximos anos.

Mudanças podem acontecer e serão bem-vindas, desde que sejam fruto de amplo debate do Poder Executivo com o Setor Audiovisual, a Sociedade Civil e o Congresso Nacional. Essas mudanças precisam consolidar o que existe de positivo, como a democratização no acesso às linhas de fomento, a desburocratização do processo de prestação de contas, e a regionalização no fomento às obras audiovisuais.

A Associação de Produtores e Cineastas da Bahia – APCBahia não concorda com a perspectiva em curso e afirma sua posição em defesa do Cinema Nacional e contra o processo de DESMONTE da ANCINE e da criminalização da Cultura.

Por fim, conclamamos as forças vivas da sociedade brasileira, e particularmente ao CONGRESSO NACIONAL, a se levantaram em defesa da DEMOCRACIA, das LIBERDADES e das POLÍTICAS PÚBLICAS conquistadas.

ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES E CINEASTAS DA BAHIA – APCBAHIA E 300 PRODUTORES, REALIZADORES E PROFISSIONAIS DO AUDIOVISUAL, ABAIXO ASSINADOS:

1    Orlando Senna – Diretor 2    Walter Lima – Diretor 3    Helena Ignez – Atriz 4    Conceição Senna – Diretora 5    Geraldo Sarno – Diretor 6    Edgard Navarro – Diretor 7    Jorge Alfredo – Diretor 8    Otávio Bezerra – Diretor 9    Wagner Moura – Ator e Diretor 10    Vladimir Brichta – Ator 11    Antonio Luiz Mendes – Diretor de Fotografia 12    Maria do Rosario Caetano – Jornalista 13    Assunção Hernández – Produtora 14    Fabrício Boliveira – Ator 15    Emanuelle Araujo – Atriz 16    Lucas Santtana – Músico 17    Aly Muritiba – Diretor 18    Solange Souza Lima Moraes – Produtora 19    Henrique Dantas – Diretor 20    Evaldo Mocarzel – Diretor 21    Valdineia Soriano – Atriz 22    Luciana Souza – Atriz 23    Cecília Amado – Diretora 24    Pola Ribeiro – Diretor 25    José Araripe – Diretor 26    Antonio Carlos dos Santos Vovô – Produtor Cultural / Ilê Aiyê 27    João Jorge Santos Rodrigues – Produtor Cultural / OLODUM 28    Raimundo Bujão – Produtor 29    Sérgio Santeiro – Diretor 30    Roberto Torres – Diretor 31    Erick Saboya – Cenógrafo 32    Sylvia Abreu – Produtora 33    Bernard Attal – Diretor 34    Claudio Marques – Diretor 35    Jorge Washington – Ator 36    Cassia Vale – Atriz 37    Tiganá Santana – Músico 38    Lazzo Matumbi – Cantor 39    Simone Zuccolotto 40    Laila Garin – Atriz 41    Marília Hughes – Diretora 42    Antonio Olavo – Diretor 43    Nena Oliveira – Produtora 44    Paula Gomes – Diretora, produtora 45    Sofia Federico – DiretoraLula Oliveira – Diretor 46    Gabriel Amaral Pires – Produtor 47    Fernando Beléns – Diretor 48    Paulo Alcântara – Diretor 49    Paulo Hermida – Diretor de Fotografia 50    Marcello Benedictis – Som Direto 51    Gorette Randam – Produtora 52    Flavio Lopes – Diretor de Arte 53    Neusa Barbosa – Produtora 54    Alessandra Pastore – Produtora 55    Juliana Vieira – Produtora 56    Ailton Pinheiro Junior – Diretor 57    Lilih Curi – Diretora 58    Danielle Andrade – Produtora 59    Alberto Iannuzzi – Diretor De Fotografia 60    Aline Cléa Silva Sousa – Produtora 61    Dayane Sena – Produtora 62    Eduardo Ayrosa – Mixagem de Som 63    Raimundo Laranjeira – Diretor de Arte 64    Vitor Rocha – Diretor 65    Lula Oliveira – Diretor 66    Macarra Vianna – Produção 67    Marcia Cardim – Produtora Executiva 68    Daniel Dourado – Diretor 69    Leonardo Silva – Diretor 70    Thiago Lisboa – Editor 71    Josias Santos – Produção 72    Karla Karr – Produtora 73    Marcelo Gurgel – Diretor de Produção 74    Tatti Carvalho – Produtora 75    Anderson Soares – Diretor 76    Aline Cléa Souza – Produtora 77    Gabriel Trajano – Fotógrafo 78    Daiane Oliveira 79    Nayara Homem – Maquiadora 80    Clarissa Rebouças – Diretora 81    Pedro Hahn – Continuísta 82    Carol Tanajura – Diretora de Arte 83    Tulane Nascimento – Roteirista 84    Amanda Lima – Diretora de Arte 85    Isadora Furlan – Montadora 86    Janete Assunção – Produção 87    Gabriel Barreto – Diretor 88    Lola Laborda – Diretora 89    Fabíola Aquino – Diretora 90    Julia Ferreira 91    Péricles Palmeira 92    Rick Caldas 93    Alexandre Marinho 94    Sueli Seixas – Still 95    Maria Nunes 96    Inailton Oliveira- Platô 97    Johsi Varjão – Preparadora de elenco 98    Zé Humberto – Diretor 99    Robson Chaves Bispo 100    Cláudia Reis – Diretora de Produção 101    Pedro Semanovisch – Diretor de Fotografia 102    Thiago Borges 103    Caio Requião – Produtor Executivo 104    Cintia Maria – Produtora Executiva 105    Jamile Coelho – Diretora de Arte 106    Dandara Ferreira – Diretora 107    Daniele Andrade – Produtora 108    Edson Bastos – Diretor 109    Henrique Filho – Diretor 110    Fábio de Santana – Ator 111    Ednaldo Muniz – Ator 112    Joceiton Dantas – Ator 113    Arlete Dias – Atriz 114    Gerimias Mendes – Ator 115    Naira da Hora – Atriz 116    Ana Camila – Produtora 117    Gilberto Santiago – Musico 118    Aline Carolina – Produtora 119    Ricardo Luegy – Produtor musical 120    Will Brandão – Ator 121    Ailly Cavalcante – Produtora 122    Marcos Sampaio – Produtor musical 123    Heraldo de Deus – Ator 124    Adriana Urpia – Audiodescricão 125    Aicha Marques – Atriz 126    Marcos Alexandre – Produtor 127    Evaldo Macarrão – Ator 128    Felipe Martins – Câmera 129    Evanny Freire – Produtora 130    Maurício Caires – Produtor 131    Ednaldo Pereira – Produtor 132    Haroldo Borges – Diretor de Fotografia 133    Ernesto Molinero – Diretor 134    Marcos Bautista – Diretor de Arte 135    Iris de Oliveira – Montadora 136    Ricardo Prado – Still 137    Ana Karina da Paz – Produtora 138    Gisela Stangl – Produtora 139    Gabriel Cesar – Produtor 140    Márcio Pereira – Diretor Musical 141    Alexandre Vieira – Assistente de Câmera 142    Emilly Dias – Produtora 143    Ana luiza Penna- Som Direto 144    Claudiane Oliveira Santos – Catering 145    Marcus Vinicius Guimarães – Catering 146    Milena Pinheiro – Produtora 147    Ricardo Cavalcanti – Produtor 148    Dody Só – Ator 149    Renata Matos – Diretora de Produção 150    Flavia Santa – Produtora 151    Joana Giro – Produtora 152    Gabriela Rocha – Produtora 153    Vinicius Teixeira – Roteirista 154    Vitor Sousa – Roteirista 155    Pedro Henrique Cardoso – Roteirista 156    Marcos Lé – Montador 157    Mário Bezerra – Ator 158    Angel Marques – Atriz 159    Carlos Betão – Ator 160    Diogo Lopes dos Anjos Filho – Ator 161    Jaksandro da Silva – Operador de Áudio 162    Graça Meurranhy – Diretora 163    Gel Santana – Produtora 164    Daiane Rosário – Produtora 165    Loia Fernandes – Produtora 166    Tais Amordivino – Diretora 167    Naymare Azevedo – Produtora 168    Esmon Primo – Produtor 169    Silvana Moura – Diretora 170    Celso Oliveira – Eletricista 171    Edvaldo dos Santos (Papa) – Motorista 172    Hans Herold – Diretor de Fotografia 173    Wilson D’Argolo – Diretor de Arte 174    Daniel Carvalho – Assistente de Fotografia 175    Andreza Mona – Assistente de Fotografia 176    Iajima SIlena – Assistente de Produção 177    Cândida Liberato – Produtora 178    Klaus Hastenreiter – Diretor e Roteirista 179    Moisés Augusto Nascimento – Som Direto 180    Eduardo Caribe Ramos – Som Direto 181    Guto Peixinho – Som Direto 182    Danilo Duarte de Souza – Som Direto 183    Glauco Neves – Som Direto 184    Pedro Garcia – Som Direto 185    Sabrina Andrade – Produtora 186    Rodrigo Luna – Diretor 187    Pedro Perazzo – Diretor 188    Taís Bichara – Assistente de Direção 189    Edson Conceição Sousa – Animador 190    Tiago Silva dos Santos – Animador 191    Gabriel Barbosa – Animador 192    Dandara de Oliveira – Animador 193    José David Medeiros – Animador 194    Frederico Góes – Animador 195    Pier – Assistente de Figurino 196    Luis Carlos da Silva – Assistente de Arte 197    Valdemir de Jesus – Assistente de Arte 198    Claudio Medrado – Assistente de Arte 199    Mércia Dantas – Assistente de Arte 200    Camila Ribeiro – Produtora 201    Renata Ferreira de Oliveira – Bailarina 202    Ivana Santana – Produtora 203    Simone Freire – Assistente de Produção 204    Roberta Moraes – Assistente de Direção 205    Paula Dias – Produtora 206    Lucci Ferreira – Ator 207    Carol Silvério – Diretora de fotografia 208    Joline andrade – Artista de Dança 209    Reinofy Duarte – Produtor 210    Sabrina Alves – Diretora 211    Cristiano Britto – Produtor Executivo 212    Marcos Povoas – Produtor 213    Daniel Vasques – Animador 214    Caio Rezende – Diretor 215    Gabriela Barreto – Diretora 216    Daniel Almeida – Diretor 217    Fabiana Leite – Diretora 218    Olinda Muniz – Diretora 219    Marcelo Abreu Góis – Diretor 220    Rodrigo Rodowicz – Diretor de Produção 221    Beto Santana – Finalização De Som 222    Luciana Queiroz – Diretora 223    Priscilla Andreata – Roteirista 224    Joes Carlos Souza – Roteirista 225    Driele Mota – Produtora Executiva 226    Valéria Silveira – Produtora 227    Paulo Fernandes – Roteirista 228    Samuel Vida – Advogado 229    Roberto dos Santos Rodrigues – Produtor Cultural 230    Henrique Arruda – Advogado 231    Zitomir Souza – Produtor Cultural 232    Yuri Silva – Coletivo de Entidades Negras 233    Aurélio Russo – Câmera 234    Hávata Serena – Make 235    Adriano Tourinhos – Make 236    Mel Campos – Diretora de Arte 237    Alessandra Novaes – Produtora 238    Katharine Paixão – Produtora 239    Lúcio Mendes – Diretor de Fotografia 240    Laisa Eça – Produtora 241    Tatiana Carvalho 242    Adler Paz – Docdoma Filmes 243    Elson Rosario – Produtor 244    Crís Lopez – Produtor 245    Rafaela Lopes – Produtora 246    Gustavo Erick – Produtor 247    Roque Orley – Motorista 248    Kalantã Bezerra – atriz 249    Bau Carvalho – Montador e Professor 250    Lavínia Alves – Atriz 251    Fan Teixeira – Produtora 252    Tiago Costa Pinho – Roteirista 253    Carlos Heitor Vieira Luz Montes- Roteirista 254    Igor Souza de Almeida Correia – Roterista 255    Jessé Patrício Souza dos Santos – Roteirista 256    Camila Christian Quintana Leão- Roteirista 257    Thiago Brandão – Editor 258    Daniela Floquet – Produção 259    Júlio Góes – Roteirista e diretor 260    Mauricio Xavier – Produtor 261    Lico Pimentel – Diretor de Fotografia 262    Matheus Vianna – Diretor 263    Naia Pratta 264    Jon Lewis – Produtor 265    Haydson Oliveira – Som Direto 266    Giovani Lima – Produtor 267    Cid Andrade – Produtor 268    João Guerra – Produtor 269    Caio Lírio – Fotógrafo Still 270    Dara Ribeiro – Atriz 271    Gabriel Gonçalves – Ator 272    Luis Carlos Ícaro – Cenógrafo 273    Fred Góes – Compositor 274    Pedro Abib – Diretor 275    Raíssa Xavier – Atriz 276    Bruno Guimarães – Ator 277    Maria Carolina – Diretora 278    Gilson Garcia – Ator 279    Paulo Fonseca – Artista de Dança 280    Victor Kizza – Ator 281    Carlos Zangado – Técnico de Som 282    Ruth Cristina Soares – Atriz 283    Missinho Magaiver – Contra-regra 284    Juan Mércio – Ator 285    Denise Correia – Atriz 286    Diogo Reis – Diretor 287    Wilson Sena Militão – Diretor de Fotografia 288    Ana Tereza Mendes Souza – Atriz 289    DF Fiuza – Diretor 290    Rodrigo Sputter – Ator 291    Felipe Brust – Editor 292    Pedro De Rosa Morais – Ator 293    Alethea Yoemi Fuscaldo – Figurinista 294    Clarissa Ribeiro de Oliveira – Diretora de arte 295    Roni Filgueiras – Abracine/Jornalista 296    Andrea Amado Gama – Produtora 297    Tacilla Siqueira – Roteirista 298    Edvaldo Bolagi – Produtor Cultural 299    Vinicius Barreto – Som Direto 300    Zezão Castro – Roteirista 301. Albino Rubim - Professor universitário e ex-secretário da Cultura da Bahia