Catedral de Notre Dame ampliou fama após Corcunda da Disney

A Disney lançou filme sobre a história em 1996 (Foto: Reprodução) A Capela Sistina é famosa pela pintura “A Criação de Adão”, de Michelângelo, localizada em seu teto. A Basílica de Senhor do Bonfim é conhecida por conta de sua tradicional lavagem. Já a Catedral de Notre Dame, incendiada na tarde desta segunda-feira (15), atingiu a sua fama global por um motivo um tanto quanto peculiar: um corcunda.

A obra “Notre-Dame de Paris“, de Victor Hugo (1802-1885), foi publicada em 1831. O seu enredo se passa em 1482, no fim da Idade Média, e conta a história de Quasímodo, corcunda que, por conta do preconceito sofrido devido à sua aparência física, vive recluso na catedral.

Na história, ele se apaixona pela cigana Esmeralda, que também desperta o interesse do arcebispo Frollo, o que dá início a uma trágica disputa entre os dois.

Quando o livro foi publicado, a catedral estava degradada. No século 19, ela já somava mais de 600 anos, mas recebia poucos cuidados.

O interesse sobre o prédio despertado pela obra levou a uma campanha por sua restauração, que começou em 1844.

Uma das interpretações para o livro é que o corcunda, com sua aparência disforme e bom coração, é uma metáfora do que a própria catedral era naquele momento.

Em 1996, a Disney fez o filme de maior sucesso sobre a história (outras obras cinematográficas foram produzidas em 1923, 1956 e 1976, segundo o site IMDb).

A animação "O Corcunda de Notre-Dame", que traz uma versão mais leve da história, arrecadou US$ 325 milhões no mundo todo. O filme teve uma sequência em 2002, feita para a TV.

Em janeiro de 2019, foi revelado que a Disney tem planos de fazer uma nova versão do enredo, agora com atores reais e em uma produção de estilo musical. A data de lançamento não foi informada.

Em 1998, um espetáculo musical sobre a história foi lançado em Paris, numa produção que passou por diversos países e que atualmente realiza uma turnê para celebrar 20 anos em cartaz.

A história de Quasímodo foi a base para uma ópera, de Franz Schmidt, lançada em 1914, e também aparece em videogames, como no jogo de aventura "Assassin's Creed - Unity", de 2014.