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Antônio Meira Jr.
Publicado em 11 de fevereiro de 2022 às 06:30
- Atualizado há 2 anos
Aos poucos, o mercado de automóveis eletrificados vai crescendo no Brasil. Entre automóveis, picapes e vans híbridos e completamente elétricos, a frota brasileira já soma 77.259 unidades em circulação.
Em cinco anos, as vendas saltaram de 137 unidades (2017) para 2.851 (2021). No ano passado, a Nissan foi a campeã em emplacamentos entre os produtos, com 439 exemplares do Leaf. A Porsche ficou com a segunda posição, com 379 unidades do Taycan e, a Volvo, em terceiro, com 375 unidades do XC40 Recharge. Fechando os cinco primeiros: MINI Cooper S E (313) em quarto lugar e Audi e-Tron (252), na quinta posição.
Desses cinco, o mais barato é o britânico da MINI, que custa a partir de R$ 249.990. Foi nesse hatchback que rodei nos últimos dias para vivenciar a rotina de quem tem um elétrico na garagem em Salvador. Confira a avaliação em vídeo O Cooper tem uma vocação esportiva e urbana, dessa forma, sua autonomia com uma carga completa, que é de 234 quilômetros, atende bem. Tanto para o dia a dia na cidade, quanto para dar uma esticada até o Litoral Norte ou ir para Feira de Santana, por exemplo.
Se você rodar por Salvador e prestar um pouco mais de atenção, vai perceber que vários locais já oferecem carregadores. Eles estão nos shoppings, marinas e supermercados, entre outros. Inclusive nenhum deles cobra pelo uso, ótimo para dar uma carga extra.
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Mas na vida real é fundamental ter um carregador em casa. O custo médio está em torno de R$ 10 mil e várias montadoras possuem parceiros homologados para a instalação. Eventualmente, há promoções em que o equipamento vai como bônus. Esse MINI também pode ser abastecido em uma tomada convencional de três pinos, desde que seja aterrada.
O custo com a energia? É cerca de um terço do que você iria gastar com gasolina.
Experiência Enquanto alguns fabricantes adotam preços bem distintos entre carros elétricos e a combustão, a MINI deixa o cliente em dúvida. A configuração que não utiliza gasolina é R$ 20 mil mais cara, o que significa uma diferença inferior a 10%. No entanto, a marca está oferecendo as três primeiras revisões sem custo, o que reduz ainda mais a diferença.
Acelerar um carro elétrico é uma experiência muito divertida, principalmente no Cooper S E. O torque, que remete à entrega de força do propulsor é entregue quase que imediatamente, ao passo que no modelo a combustão é preciso esperar os giros subirem.
Nesse carro, são entregues 27,5 kgfm de torque, o que equivale a um motor 1.4 turbo, por exemplo. Para completar, são gerados 184 cv de potência. Dessa forma, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,3 segundos. O Cooper é largo (1,73 m) e tem 3,85 m de comprimento. O bagageiro acomoda 211 litros No lugar do tanque de combustível há uma bateria com 96 células divididas em 12 módulos montada sob o chassi. Isso confere um centro de gravidade muito baixo, o que melhora a estabilidade. A garantia dessa bateria é de oito anos.
Além do desempenho, a versão avaliada (Top), que custa R$ 279.990, conta com um sistema de som de alta-fidelidade da Harman/Kardon, teto solar panorâmico e um head up display.
Todas as versões são conectadas, ou seja, possuem um chip de dados embarcado. Isso permite, por exemplo, comandos por meio de um aplicativo para partida remota ou para acompanhar à distância o carregamento do veículo.