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Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2021 às 17:21
- Atualizado há 2 anos
Quatro pessoas de uma mesma família foram presas pela Polícia Civil de Minas Gerais, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, suspeitas de adulterar, falsificar e comercializar cosméticos em todo o Brasil. Na ocasião, a polícia prendeu a blogueira Rafaela Braga, 21 anos, suspeita de liderar o esquema, além dos pais da jovem, de 49 e 54 anos, bem como o marido dela, de 25. >
Os investigados prometiam métodos exclusivos para tratamento da pele, por meio de produtos adulterados e sem eficácia comprovada.>
“Essa conduta já era perpetrada pela suspeita principal há algum tempo”, destaca a delegada regional em Contagem, Elisa Moreira, em relação à investigada de 21 anos, que se passava por estudante de Biomedicina. >
Levantamentos indicam o envolvimento de Rafaela Braga nessa atividade desde os 15 anos, inclusive, com a participação dos pais, comprovada por meio de documentos da empresa.>
Só em um dos perfis, Rafaela Braga é seguida por cerca de 70 mil pessoas.>
A delegada Andrea Pochmann, que coordena as investigações, acrescenta que “a investigada era uma blogueira e tinha nas redes sociais mais de 100 mil seguidores. Ela também ministrava cursos de cosméticos”. Com base nessas informações, a polícia acredita que a suspeita tenha feito várias vítimas, já que os cursos eram promovidos em vários estados, contando com uma média de 30 pessoas por atividade. >
“Além dos cursos, ela aplicava esses procedimentos estéticos nas suas clínicas e vendia os cosméticos através de sites e na clínica”, completa Andrea. Os valores dos cursos giravam em torno de R$ 3 mil a R$ 5 mil, e os kit eram vendidos por cerca de R$ 1,5 mil.>
Apreensões A ação foi desencadeada na última quinta-feira (8/4), ocasião em que a PC-MG cumpriu mandados de busca e apreensão, sendo localizados produtos já prontos para a venda, bem como rótulos, embalagens e matérias-primas. Também foi localizado pelos policiais um laboratório clandestino.>
O material apreendido foi encaminhado à Vigilância Sanitária para análise das substâncias contidas nos cosméticos. “Nós já tivemos notícias de que algumas vítimas sofreram danos à saúde. Solicitamos que essas vítimas entrem em contato com a delegacia para que possamos robustecer as provas do inquérito policial”, alerta Andrea.>
Modo de agir “Com relação à falsificação, ela [a suspeita] possuía diversos métodos. Ela adulterava o produto, colocando no original o rótulo dela e outro cosmético lá dentro [do frasco], como também pegava simplesmente o produto original de outra empresa e colocava somente o rótulo dela”, explica Andrea.>
A delegada conta ainda que os artigos comercializados pelo grupo eram destinados, principalmente, para o tratamento de melasma, incluindo substâncias para administração via oral, o que, por lei, cabe apenas a indústrias farmacêuticas.>
Rafaela, pais e marido sabiam sobre a investigação em curso e já haviam sido ouvidos pela PC-MG, o que não impediu que continuassem com a produção dos cosméticos. Além de responder pelo artigo 273 do Código Penal, eles também serão indiciados pelo crime de associação criminosa. As informações são da Polícia Civil de Minas Gerais e portal G1.>