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Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2019 às 09:04
- Atualizado há 2 anos
Coordenador geral da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou que o repasse de dinheiro público a candidatas investigadas por um esquema de laranjas é de responsabilidade do diretório do partido em Minas Gerais.
O diretório estadual era comandado em 2018 pelo hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. "Em relação a Minas Gerais, não conheço qualquer das candidatas que formaram aquela chapa. Não sei quem são, e nunca sequer mantive qualquer contato com elas. Simplesmente desconheço. Esclareço que todos os pedidos de recursos efetuados para as mencionadas candidatas em questão foram feitos pelo próprio diretório de Minas Gerais", disse Bebianno, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Bebianno disse ainda que o pedido de recursos foi feito formalmente e que tem toda a documentação para comprovar. A prestação de contas entregue pelas candidatas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que elas receberam R$ 279 mil diretamente da Executiva nacional.
Mas Bebianno afirma que apenas repassou o valor que foi solicitado pelo comando estadual. Ele explica que sempre pediu que fosse enviado um formulário preenchido pelas candidatas e uma planilha explicando quem eram as beneficiárias. "Juntamente com essa planilha, os diretórios estaduais mandavam os nomes, essas fichas individualizadas, para a [executiva] nacional, dizendo: são essas as candidatas que receberão recursos, e cada uma receberá tanto".
À Folha, Álvaro Antônio confirmou ter sido o responsável e disse que houve uma escolha por investir em candidatos do Vale do Aço de Minas para se contrapor à força da esquerda na região.