Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2020 às 16:46
- Atualizado há 2 anos
Com o objetivo de auxiliar os micro, médios e pequenos empresários, a Federação Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomécio-BA) divulgou as principais linhas de crédito disponíveis para empresas que precisam de recursos para enfrentar a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Entre as opções está a linha de credito ofertada pelo (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) BNDES destinada a empresas com receita de até R$ 300 milhões. Serão R$ 5 bilhões específicos para as MPEs, classificadas como Micro (até R$ 360 mil), Pequena (entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões) e Média (entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões)
O limite de financiamento é de R$ 70 milhões por ano, com carência de até 24 meses e até 60 meses para pagamento. A taxa cobrada será uma somatória entre o custo financeiro (TLP, TFB ou Selic), mais 1,25% ao ano sendo a taxa do BNDES, mais a taxa do agente financeiro. Vale ressaltar que o crédito é disponibilizado através de um agente financeiro e não pelo BNDES.
Para saber o passo a passo de como acessar a linha de crédito disponibilizada pelo BNDES através de um agente financeiro, veja o vídeo disponibilizado pelo banco, através do link: encurtador.com.br/mwCNO
Até o momento, alguns bancos e cooperativas já operam a linha de crédito também visando destinar recursos as estas empresas como o Bradesco, Santander, Itaú, Caixa Econômica, Tribanco, Sicredi, Cresol. A Caixa Econômica, por exemplo, está com crédito para as micro e pequenas empresas com 0,57% ao mês para a modalidade de capital de giro, com carência de até seis meses para empresas mais afetadas no comércio e serviços.
Agências de fomento, entre elas o Desenbahia têm ainda uma linha própria para giro com taxa a partir de 5% ao ano + CDI, com prazo de até 60 meses e carência de até um ano.
Gestão financeira
Independente da linha de crédito, a orientação consultor econômico da Federação, Guilherme Dietze é antes de tomar qualquer decisão rever as despesas.
“O momento exige muita programação e estratégia e o capital de giro das empresas é uma das principais variáveis de gestão que deve ter a atenção redobrada. As condições especiais de taxas de juros, prazos de pagamento e carência alongados devem amenizar os impactos da crise do coronavírus em relação ao fechamento de empresas e empregos”, orienta.
No momento de crise, o desafio dos empresários a curto prazo será ter o capital de giro para o pagamento dos compromissos como impostos, aluguel, funcionários. “O crucial para este momento é a revisão de todas as despesas no sentido de reduzir ao máximo os custos fixos e variáveis. Busque renegociar os valores de contrato como aluguel, empréstimos, condomínios etc. Isso dará um alívio imediato no caixa”, aconselha o especialista.