Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2023 às 22:23
- Atualizado há 2 anos
A Bamin Ferrovia anunciou, nesta terça-feira (4), o nome do consórcio que irá executar o Lote 1F das obras para a construção da ferrovia que criará um novo corredor logístico de exportação Oeste-Leste para a Bahia e para o Brasil. A ordem de serviço para o início da execução do trecho de 127 quilômetros, que passa pelos municípios de Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquara, deverá ser assinada dentro de 15 dias.>
As obras do trecho receberão o investimento de R$ 1.1 bilhão e serão executadas pelo Consórcio TCR-10, formado pela empresa brasileira Tiisa e pela chinesa CREC-10. O consórcio será responsável pela realização do serviço de construção e obras, infraestrutura e superestrutura ferroviárias, sob um prazo de 36 meses. Neste período, a previsão é de que sejam gerados cerca de 1.200 postos de trabalho, com contratações graduais, à medida em que as obras avancem nos municípios que compõem o Lote 1F.>
“Desde que assinamos o contrato de concessão da FIOL 1, em setembro de 2021, viemos trabalhando com toda dedicação para que pudéssemos estar aqui hoje celebrando essa importante parceria, que será responsável por concluir o primeiro trecho de obras em um dos mais importantes projetos de logística do Brasil”, destacou Benedikt Sobotka, CEO Global da ERG, organização responsável pelas atividades da Bamin no Brasil. >
Ligando as cidades baianas de Caetité e Ilhéus – onde está localizado o Porto Sul –, a FIOL I terá um total de 537 quilômetros de extensão, passando por 20 municípios, com previsão de estar concluída e em operação a partir do ano de 2027. A ferrovia terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas de carga por ano. A Bamin utilizará 40% desse potencial, para o transporte do minério de ferro produzido pela Mina Pedra de Ferro, disponibilizando o restante para o escoamento da produção de outras mineradoras, do agronegócio e demais segmentos. >
“Nos próximos anos, dedicaremos todos os esforços em segurança e sustentabilidade para executar as obras deste projeto tão fundamental para o desenvolvimento socioeconômico da Bahia e do Brasil. Com o novo passo que demos hoje, esperamos que, em 60 dias, já tenhamos centenas de pessoas em campo trabalhando”, apontou Erik Gaustad, presidente da Bamin Américas.>
"A Bahia tem um potencial mineral imenso e esse é um grande começo. A FIOL trará ao estado mais competitividade e expansão para os negócios e posicionará a Bahia de forma estratégica no país", complementa Eduardo Ledsham, CEO da Bamin. >
A cerimônia de anúncio do consórcio foi realizada no Centro Administrativo da Bahia, com a presença do governador em exercício, Geraldo Júnior. "Tenho certeza que a materialização desse ato hoje é importante para nossa história. Um projeto que move a vida dos baianos e a nossa economia", celebrou Geraldo Júnior.>
"Hoje é um dia memorável não só para o estado da Bahia, mas para todos nós da BAMIN. Estamos vivendo esse momento com imensa satisfação. O coração de todos da BAMIN está cheio de alegria", compartilhou Sérgio Leite, CEO da Bamin Ferrovia.>
Porto Sul A Bamin também é responsável pela construção do Porto Sul, em Ilhéus, um terminal de águas profundas, que poderá receber, na costa de Ilhéus, navios com capacidade de até 250 mil toneladas e é projetado para movimentar até 42 milhões de toneladas anuais. A empresa utilizará 60% da capacidade operacional do terminal marítimo, disponibilizando 40% para outras cargas, como do agronegócio e de outras mineradoras. Quando ferrovia e porto estiverem concluídos, em 2027, esse corredor irá representar um novo vetor de desenvolvimento econômico para diversos setores produtivos.>
Com a construção do corredor logístico Ferrovia-PortoSul, o estado da Bahia ocupará uma nova e importante dimensão na economia nacional, com a geração de riquezas, distribuição de renda e a elevação da qualidade de vida de sua população, criando oportunidades para os produtores regionais e potencializando as cadeias produtivas do agronegócio e da mineração instaladas ao longo do caminho. >
O contrato da Bamin Ferrovia para a construção dos 537 quilômetros de extensão da FIOL I, foi assinado em setembro de 2021 com o Ministério da Infraestrutura, do Governo Federal. A subconcessão da empresa tem a duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30 anos para operação. A ferrovia oeste-leste foi planejada, nacionalmente, em três etapas. A Bamin arrematou o Trecho 1, entre Caetité e Ilhéus, durante leilão realizado no mês de abril de 2021. Os trechos 2 e 3 estão sob administração do Governo Federal. >