Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Bruno Queiroz
Publicado em 2 de dezembro de 2018 às 17:59
- Atualizado há 2 anos
Casa cheia, festa bonita, jogo movimentado, mas faltou o gol. Bahia e Cruzeiro fizeram um bom duelo, em que as duas equipes tiveram oportunidades de marcar, mas pecaram nas finalizações. No final, o 0x0 garantiu ao tricolor a sua melhor posição na era dos pontos corridos, o 11º lugar. Porém, a equipe de Enderson Moreira não conseguiu igualar os 50 pontos da campanha do ano passado.
Nem mesmo a chuva que caiu durante todo o primeiro tempo esfriou os jogadores. Bahia e Cruzeiro fizeram 45 minutos de um jogo muito franco e intenso. O time mineiro utilizava a velocidade do trio de ataque formado por Raniel, David e Sassá, enquanto o tricolor demorava um pouco a se encontrar.
Quando ‘despertou’, o Bahia teve boa chance com Gilberto, que se antecipou ao zagueiro após bom cruzamento de Elton, mas mandou para fora. Raniel deu resposta imediata, em bom chute traiçoeiro, de longe, que Anderson espalmou com dificuldade por conta da bola molhada. Após boa tabela, Sassá arriscou um chute cruzado e acertou a trave.
O tricolor teve outra boa oportunidade em escanteio cobra por Ramires. Lucas Fonseca ficou com a bola e cruzou para Nilton, que dominou dentro da área e chutou mascado, assustando Rafael. A melhor chance, no entanto, aconteceu um minuto depois. Léo cruzou na medida para Edigar Junio errar o cabeceio mesmo com o gol vazio, pois o goleiro já havia passado da bola.
Homenageado antes da partida com um placa entregue por Anderson Talisca, pelos 128 jogos que completara pelo clube, Zé Rafael se mostrava bastante ligado. Como de costume, disputava cada lance e arrancava aplausos da arquibancada diante de tamanha dedicação. Tudo por uma despedida honrosa.
Em uma de suas jogadas características, ele recebeu na esquerda, puxou para o meio e deixou de calcanhar para Léo Pelé tentar o chute cruzado e errar o alvo no último lance da etapa inicial.
Segundo tempo As equipes voltaram sem modificações para o segundo tempo e em ritmo um pouco mais lento apesar do sol ter finalmente aparecido em Pituaçu. O lance mais perigoso dos 15 primeiros minutos foi um chute de Nilton, que passou perto do gol de Rafael.
Aos 18 minutos, Enderson preparou as entradas de Clayton e Vinicius. Um dos escolhidos para sair foi Zé Rafael, que deixou o campo reverenciado e também reverenciando a torcida, que o aplaudiu bastante e gritou seu nome intensamente. Edigar Junio foi o outro substituído.
Pouco depois, aos 26 minutos, Luiz Henrique fez sua estreia pelo Bahia ao entrar no lugar de Ramires. Mas foi o Cruzeiro que voltou a incomodar. Sassá recebeu lançamento, invadiu a área e, ao demorar demais de finalizar, foi travado por Lucas Fonseca quando tentava encobrir Anderson.
Mais inteiro, o time mineiro tentou novamente em bom chute de David, mas a bola desviou em Nilton e saiu pela linha de fundo. Antes, o mesmo David havia levado perigo em cabeçada após cobrança de escanteio.
O tricolor respondeu em boa tabela entre Clayton e Léo. Mas após o cruzamento rasteiro do lateral, a zaga do Cruzeiro afastou. Em uma das últimas tentativas, Vinicius arriscou de longe, e mandou para fora. Apesar do gol não ter saído, a torcida reconheceu a boa temporada e aplaudiu o time ao final do jogo.
A saudade do clube do coração vai durar pouco mais de um mês, pelo menos até dia 16 de janeiro, data prevista para a primeira partida da temporada 2019, diante do CRB, pela Copa do Nordeste, em Salvador.