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Bahia perde R$ 260 milhões com greve dos caminhoneiros

Só com a arrecadação própria foram R$ 210 milhões de déficit; além disso, governo registrou R$ 50 milhões a menos em repasses da União

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  • Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2018 às 15:46

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Divulgação/ Governo do estado

A greve dos caminhoneiros provocou um impacto de R$ 260 milhões na arrecadação do estado da Bahia, segundo anunciou o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, nesta terça-feira (19). Ao apresentar o balanço fiscal do governo no primeiro quadrimestre, Vitório afirmou que as perdas com a arrecadação própria chegaram a R$ 210 milhões em função da paralisação, que durou pelo menos dez dias.

Além disso, o governo registrou R$ 50 milhões a menos em repasses da União em 2018, devido à renúncia da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) no diesel, já que parte da arrecadação com esse tributo federal é transferida para os estados. No total, o prejuízo chegou a R$ 260 milhões.

“A economia já não vinha correspondendo às expectativas de que poderia tomar impulso em 2018, e os impactos da paralisação podem manter por mais tempo o quadro de estagnação que se verifica desde o ano passado”, avaliou o secretário.

Ele ainda afirmou que a arrecadação própria do estado cresceu 8,06% entre os meses de janeiro e abril em relação ao mesmo período de 2017, enquanto as transferências correntes da União aumentaram 2,52%. Já a despesa, segundo Vitório, reduziu-se em 0,12% no primeiro quadrimestre deste ano.

Tabela do frete Com a indefinição em relação ao tabelamento do frete dos caminhoneiros autônomos, que está em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), permanece o suspense quanto à ocorrência de um novo período de paralisação. 

"Se o governo não entender que a tabela de frete é para garantir uma qualidade de vida de melhor dos caminhoneiros, vai ter uma nova paralisação", apontou Marcos Mota, um dos participantes da greve da categoria na Bahia. 

Outro caminhoneiro, que pediu para não ser identificado, contou à reportagem do CORREIO que sem o tabelamento do frete a sobrevivência na profissão ficará muito difícil.

"O transportador autônomo não estava ganhando nem para manter a família, nem para fazer manutenção no caminhão. A gente era explorado no frete. Quando o preço dos combustíveis subiu ficou pior ainda", contou. 

Até o momento, revelam os caminhoneiros, apenas parte dos contratantes estão cumprindo a determinação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre a fixação do preço do carreto. Como exemplo positivo de cumprimento, Marcos Mota destaca as empresas que operam na região do Polo de Camaçari. 

A expectativa é que em meados de julho, a questão do tabelamento para o transporte realizado pelos caminhoneiros autônomos esteja definida. Porém, enquanto isso, existe a expectativa dos caminhoneiros de redução do ICMS aplicado sobre os combustíveis. 

Marcos Mota e uma comissão de caminhoneiros chegaram a tratar da redução do imposto em uma reunião na Secretaria de Relações Institucionais da Bahia (Serin), onde foram informados de que a questão tinha que ser debatida primeiro dentro do governo. Um novo encontro ficou de ser marcado, mas até agora a categoria não teve retorno.