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Gabriel Rodrigues
Publicado em 20 de setembro de 2022 às 16:57
Depois de quase um ano de negociações, a diretoria do Bahia convocou, nesta terça-feira (20), os conselheiros para apresentar a proposta de formalização e venda da possível Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube ao fundo árabe City Football Group. A cerimônia acontecerá sexta-feira (23), às 19h, no Museu do Bahia, na Fonte Nova. >
Representantes do Grupo City chegaram a Salvador desde segunda-feira para discutir os detalhes da proposta. Eles estiveram no CT Evaristo de Macedo e se reuniram com dirigentes do Bahia. Hoje a comitiva esteve novamente ao lado da diretoria tricolor no centro de treinamento, onde juntos acompanharam a partida do time sub-17 contra o Fluminense.>
Após a apresentação da oferta aos conselheiros, o documento vai ser analisado pelo Conselho Deliberativo e pelo Conselho Fiscal, que emitirão um parecer sobre a proposta. A decisão final de venda ou não da SAF do Bahia para o Grupo City será decidida pelos sócios em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que ainda será convocada. As negociações entre Bahia e Grupo City tiveram início em setembro do ano passado. Em dezembro, as partes assinaram um primeiro contrato. As conversas, no entanto, só foram reveladas em fevereiro deste ano. >
Desde então, Bahia e Grupo City intensificaram as negociações e chegaram a um acordo. O último empecilho para o anúncio era a dívida que o Esquadrão tinha com o Banco Opportunity, que acionista do clube entre 1998 e 2006. O imbróglio foi resolvido em julho. >
Em maio, representantes do City também estiveram na capital baiana para avaliar o negócio. Eles conheceram a Fonte Nova e patrimônios do Bahia, como o Fazendão e o CT Evaristo de Macedo.>
Investimento Com a possível chegada do Grupo City, o Bahia espera dar um salto no patamar financeiro e esportivo. Os valores da oferta ainda não foram divulgados, mas em abril o CORREIO apurou que o acordo prevê aporte de R$ 650 milhões por 90% da SAF do Bahia. O tricolor alega que a discussão principal foi baseada no projeto esportivo. >
"Desde o ano passado, promulgada a lei, fomos buscar a concepção do que seria o melhor projeto para o Bahia. Avançamos muito e estamos muito próximos da construção desse projeto. Porque o Bahia não está no mercado atrás de um cheque. Estamos atrás de um projeto. As discussões da SAF no futebol brasileiro estão: "Tal grupo vai investir R$ 700 milhões, R$ 800 milhões, R$ 1 bi". Isso não está no centro da nossa pauta. O centro da nossa pauta é: Qual é o projeto que nós queremos colocar para o sócio e sócia, para o conselheiro e conselheira analisarem. Dentro desse projeto está o dinheiro, é óbvio. Não se constrói um projeto vencedor, que mude o Bahia de patamar sem injeção de recursos. Mas o recurso não pode ser a única decisão", explicou o presidente tricolor em entrevista concedida em março.>