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Bahia é o estado com mais mortes de homens entre 15 e 24 anos

Estado volta a liderar ranking nacional com 3.430 mortes violentas nesse grupo

  • Foto do(a) author(a) Yasmin Garrido
  • Yasmin Garrido

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 19:56

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Almiro Lopes/Arquivo CORREIO

As mortes violentas na Bahia, aquelas causadas por homicídios, afogamentos, suicídios, acidentes de trânsito, atingem mais os homens com idades entre 15 e 24 anos. Em 2017, de acordo com o Instituto Nacional de Geografia e Estatísticas (IBGE), foram registradas 3.430 vítimas adolescentes e jovens do sexo masculino no estado, que se manteve líder no ranking nacional.

O número ainda é maior do que o obtido pelo IBGE em 2016, com variação positiva de 1,1%, o que corresponde a um acréscimo de 36 mortes deste tipo. Com isso, a Bahia se distancia ainda mais de São Paulo, estado mais populoso do país, que tem redução nos casos de mortes violentas de homens jovens desde 2015.

Em 2017, o estado do Sudeste teve 3.067 registros, cerca de 10% a menos do que as ocorrências no maior estado nordestino. O número de mortes em São Paulo em 2016 também conseguiu ser menor do que o registrado na Bahia em 2017: foram 3.208.

Causas externas O IBGE ainda apontou que, em 2017, na Bahia, 8 em cada 10 casos de mortes de homens entre 15 e 24 anos foram em razão de causas externas (84,7%), o maior percentual do país.

Nesse mesmo período de 10 anos, enquanto 10 dos 27 estados brasileiros conseguiram reduzir essa estatística, a Bahia não só caminhou no sentido contrário. Enquanto as mortes de homens jovens e adolescentes nessa faixa etária somaram 1.501 registros em 2007, dez anos depois, as ocorrências aumentaram 128,5%, um aumento absoluto de 1.929 óbitos.

Em termos percentuais, o aumento registrado na Bahia neste período só perdeu para o Ceará, que teve variação positiva de 144,1%, e Sergipe, aumento de 134,7% em dez anos. Já no cenário nacional, foram 27.596 mortes deste tipo, número que é 2,2% maior do que o registrado em 2016 e 13% superior aos casos de 2007.

Procurada para falar sobre o resultado, a assessoria da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) informou que não comentará a pesquisa, pois desconhece a metodologia usada.