Através de desenhos, pais descobrem que filha de cinco anos era abusada por pastor

De acordo com a polícia, violência sexual acontecia dentro de igreja em Montes Claros, em Minas Gerais

Um caso de abuso sexual contra uma criança foi descoberto pelos pais após a menina de cinco anos sinalizar a violência em desenhos. As figuras foram encontradas entre os pertences da menina, na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, os abusos foram cometidos dentro de uma igreja pelo pastor secundário durante aulas de inglês. João da Silva, de 54 anos, foi preso e apresentado pela polícia durante coletiva neste sexta-feira (14). “Assim que os pais tomaram conhecimento dos fatos através da criança, eles procuraram por uma psicóloga particular. Ela orientou que eles procurassem nas coisas dela se havia algum indício ou vestígio. A menina gostava muito de desenhar, e os pais encontraram vários desenhos que ilustravam o abuso sexual”, disse a delegada Karine Maia.Desenhos da criança denunciaram o abuso (Foto: Reprodução)Segundo o advogado, o pastor alegou inocência e vai aguardar a conclusão do inquérito. De acordo com a delegada que cuida do caso, a maioria dos desenhos apresenta duas pessoas, uma rindo e outra chorando. Em algumas imagens há pessoas com o pênis ereto, o que comumente é feito por crianças que sofrem abusos. Segundo investigações da Polícia Civil, a menina começou a fazer aulas de inglês em 2015, mas abandonou o curso por um momento. Os pais tentaram fazer com que ela voltasse, mas ela afirmava que não queria e justificava dizendo que "o tio João fazia bobagens com ela". O casal chegou a procurar uma psicóloga e após conversar com o pastor obteve a confissão. Ainda segundo a polícia, ele foi expulso da igreja e perdeu a função de pastor secundário. “Ela contou detalhes, dizendo que ele tirava a roupa dela e a colocava dentro de um berço, já que a sala era um berçário, e tirava a roupa dela, tocava nas partes íntimas dela e fazia sexo oral”, afirma a delegada. A criança contou ainda que João da Silva trancava a porta da sala.