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Wendel de Novais
Publicado em 30 de novembro de 2021 às 19:15
- Atualizado há 2 anos
Cerca de 300 pessoas convocadas pela Associação Nacional de História e a Associação dos Arquivistas da Bahia realizaram, na tarde desta terça-feira (30), na Baixa de Quintas, um ato em defesa do Arquivo Público do Estado da Bahia (Apeb).
Nomeada como ‘O patrimônio da Bahia não está à venda’, a iniciativa reuniu pesquisadores e professores da Ufba, Uneb, Uesb, UFRB, além de representantes do movimento estudantil, lideranças de movimentos sociais e a sociedade civil.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1949, o prédio do Apeb foi inserido em um processo de penhora e só não foi leiloado graças a uma manifestação do Ministério Público (MP) junto à Justiça, que suspendeu o leilão temporariamente.
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Um dos participantes do ato, Vilson Caetano, pesquisador, antropólogo e professor da Ufba, falou sobre o objetivo da iniciativa.“É um momento marcado pela ameaça à democracia, a privatização de órgãos públicos, desmonte da educação, retrocesso em conquistas sociais e um completo descaso com o patrimônio histórico brasileiro. Esta mobilização é uma maneira de enfrentar e dizer não a uma política de negação e encobrimento de nossas histórias que teima em ser instaurada no Brasil”, declara. O ato serviu para colocar em pauta a importância do Arquivo Público e denúncias sobre o descaso com um bem público relevante para a memória, a identidade e a história da Bahia e do Brasil. Marli Geralda Teixeira, professora da Ufba e ex-diretora do Apeb, discursou sobre a convergência dos dois patrimônios - acervo do arquivo e prédio, desde 1980. . Os participantes também deram um abraço simbólico no Arquivo Público. Segundo os organizadores do evento, o ato é apenas uma dentre muitas ações que as entidades visam mover e mobilizar a sociedade civil para conter a ação de leiloar o patrimônio arquitetônico.