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Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2020 às 21:01
- Atualizado há 2 anos
A espuma e o confete no chão entregam que a folia era para a criançada. No Pelourinho, o último dia de Carnaval foi tranquilo, em um clima convidativo para as famílias levarem seus pequenos. Por isso, o local foi o escolhido pela família de Bela Baqueiro, 5 anos, para levar a filha que acabou de passar por uma cirurgia de retirada de um tumor benigno da cabeça.
O médico liberou apenas um dia de folia para a criança e Bela aproveitou tudo do último dia de Carnaval. Ela dançava ao som de Gereba - Capitão Corisco, que tocava sucessos como “Trip do boyzinho” e sentadão e até fazia um quadradinho. “Aqui é legal. Tem comida e música para dançar”, disse a foliã mirim.
“Aqui para mim é melhor porque é mais calmo e tem muitas crianças. É tranquilo para ela se divertir depois da cirurgia”, contou a mãe de Bela, Natália Baqueiro, 35.
Mãe e filha curtiam a folia no Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho, onde nem a chuva atrapalhava a dança da criançada. Apesar de ser mais novo, Antônio Jorge, de apenas 1 ano e 9 meses, estava igualmente animado.
O pai, que também se chama Antônio Jorge, disse que dava para ver a empolgação do filho com a música e o clima carnavalesco. Vestido de pirata, o menino corria de um lado para o outro e quase não parou para posar para uma foto para a reportagem. Empolgado, Antônio corria de um lado para o outro na festa no Pelourinho (Marina Hortélio/CORREIO) A folia infantil não se restringia ao Largo Quincas Berro D’Água. O baile infantil PUMM - Por Um Mundo Melhor também se apresentava no Largo Pedro Archanjo. Entre um lugar e o outro, as crianças buscavam locais para se divertir.
Maria Gabriela Santos, 7, era uma das que desbravavam as ruas do bairro histórico. “Eu gosto de vir pro Pelourinho porque aqui é mais legal. Tem várias pessoas e posso fazer amizade e me divertir. Já fui na praça e agora vou para outras coisas”, disse.
A madrinha de Maria Gabriela, Hosana Sousa, foi para o Pelourinho para proporcionar uma festa divertida para a afilhada. “Tá ótimo porque tem programações para as crianças e é tudo voltado para as famílias”, afirmou. Para ela, é até melhor ir para o bairro porque a Avenida é muito cheia. “Também tem os espaços e a programação para os adultos mais tarde. É uma boa alternativa para quem quer sair do circuito mais cheiro” completou.
Quem estava brincando no bailinho infantil do Pedro Archanjo escutava músicas infantis e antigas marchinhas. O grupo PUMM tocava “Me dá um dinheiro aí”, “Mariana conta um”, “Allah-la Ô”, “Marinheiro só” e “Samba lelê”.
A enfermeira Rubenice Santos, 32, faz questão de trazer os filhos Maria Cecília Brandão, 1, e João Brandão, 4, para o bailinho do Pelourinho. “Aqui é ótimo, tem uma divisória na frente do palco para as crianças brincarem juntas bem a vontade. As músicas integram a família que vem curtir”, comentou. Os irmãos Maria e João curtiram o baile infantil (Marina Hortélio/CORREIO) Além das fantasias, músicas, confetes e espumas, as crianças ainda podiam pintar a cara no largo. A fantasia de Olívia Guedes era de joaninha, mas a pequena de apenas 5 anos escolheu uma pintura de gatinha para se enfeitar para o bailinho.
Ir para o Pelourinho já é tradição na família de Olívia, contou a mãe da menina, Mariana Guedes, 39. “Eu moro em Lauro de Freitas e toda a família vem aqui há cerca de quatro anos”, disse.
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*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro