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Água é tudo igual? Especialistas mostram diferenças e como harmonizar

O líquido mais abundante do planeta não é o mesmo em todas as fontes; aprenda o que varia

  • Foto do(a) author(a) Daniel Silveira
  • Daniel Silveira

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 15:14

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Divulgação/Shutterstock

A gente aprende na escola que a água boa para beber precisa ser insípida, inodora e incolor, ou seja, sem sabor, aroma ou cor. Mesmo assim, será que toda água é igual? Não. E quem garante isso são especialistas no líquido.

De acordo com o médico Mário Telles, membro da Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo (ABS), que se dedicou a estudar sobre águas, a tarefa em reconhecer as especificidades da bebida não é tão fácil. “A gente procura entender como é que se degusta para distinguir entre os diversos parâmetros, quais são mais leves, mais pesadas...”, diz.  Foto: Divulgação/Shutterstock O princípio é o mesmo usado para vinhos, cervejas, café e destilados. “Mas exige um pouco mais de treinamento, porque a percepção é mais difícil”, alerta Mário. 

Antes de mais nada, é bom entender que, diferentemente das outras bebidas, não dá para fazer a análise visual e olfativa da água. “Visualmente, ela tem que ser límpida e translúcida e, quanto aos aspectos aromáticos, não deve ter cheiro nenhum”, alerta o sommelier Eduardo Silva. Ele diz que a única que dá para identificar algum tipo de aroma é a água tratada que chega nas torneiras de nossas casas, por conta do cloro.

Diferenças Mas se não é tudo igual, o que as faz tão diferentes? Mário explica: “Existem águas de vários tipos, mais leves ou mais pesadas por causa da quantidade de minerais, se são gaseificadas ou não, se a gaseificação é natural ou artificial, se são ácidas [pH < 6], alcalinas [pH > 7] ou neutras [pH entre 6 e 7]”. 

E isso tudo depende também do lugar de onde são extraídas. “As fontes são diversas como aquíferos, reservatórios, águas de rio, tratadas. Cada uma com propriedades diferentes e sabores particulares”, explica Eduardo. 

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No fim das contas, o que garante diferenciação é a composição. “Sabemos que existem nove elementos fundamentais: bicarbonatos, cálcio, sulfatos, cloretos, fluoreto, estrôncio, sódio, magnésio e potássio”, esclarece o sommelier.

Apesar de tantas variáveis, ninguém precisa ser um degustador experiente para perceber tudo que muda de uma água para outra. Para facilitar a identificação, Mário dá uma dica: basta olhar o rótulo. “Está tudo ali. Tem a quantidade de sais, acidez, se é gasosa ou não, a fonte de onde foi retirada...”, revela. 

No curso de degustação de água que ele ministra pela ABS em São Paulo, ele conta que um dos passos é ensinar a ler o rótulo. “As pessoas pensam que ele está ali de enfeite, mas não é”, brinca. Foto: Divulgação/Shutterstock Harmonizando Assim como qualquer bebida, a água pode ser harmonizada com o que comemos. Mário alerta que, assim como o vinho, não existe água boa ou ruim, mas uma que seja ideal para cada alimento. “Para peixes do mar, por exemplo, por conta do teor de sal, é melhor usar uma água mais ácida”, explica. “Se for comer uma carne, um churrasco, ou uma tábua de queijos, deve-se optar por uma água com um pH mais alcalino”, aponta o especialista. 

Mário também conta que as águas brasileiras, por serem consideradas mais leves, são perfeitas para pratos do dia a dia, que pedem uma bebida menos mineralizada.

Além disso, elas podem ser harmonizadas com outras bebidas, intensificando a experiência. Casam bem com vinhos, por exemplo, ajudando a limpar as papilas gustativas. Vinhos brancos e espumantes ficam bem com águas menos mineralizadas. Já os tintos combinam melhor com águas gaseificadas. O mesmo acontece com café.

Se você está pensando em degustar água, pode começar pelos rótulos abaixo. Tin tin! San Pellegrino A fonte está localizada nos Alpes Italianos, naturalmente gaseificada, leve e equilibrada. Acompanha vinhos tintos, queijos e pratos à base de carnes. Uma garrafa de 750 mL custa, em média, R$ 15. Voss É chamada “a água mais pura do mundo” porque sua fonte está longe dos humanos, no deserto gelado, no sul da Noruega. Considerada uma água leve. Uma garrafa de 330 mL custa, em média,  R$ 12. Evian Originada da chuva e neve que caem nos montes Chablais, nos Alpes Franceses, e filtrada naturalmente pela areia glacial. Possui pH neutro balanceado sem processo industrial. Garrafa de 500 mL custa em média R$ 9. Pedras Salgadas Sabor levemente salgado, por conta dos sais minerais da fonte, que fica no norte de Portugal. Gaseificada naturalmente, harmoniza com aves e carnes vermelhas. Uma garrafa de 250 mL custa em média R$ 8. Perrier Uma das mais famosas, a fonte fica no sul da França, próxima à cidade de Vergèze. Naturalmente gaseificada, fica bem acompanhando chocolates e vinhos. O valor de uma garrafa de 330 mL custa, em média,  R$ 8. Cambuquira Gaseificada naturalmente, a fonte dela fica no sul de Minas Gerais. Tem pH alcalino (4,5). Por isso, harmoniza bem com carnes, churrascos e queijos. Uma garrafa de 310 mL custa, em média, R$ 5.Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, tecnologia, pets, bem-estar e as melhores coisas de Salvador e da Bahia: