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Afropunk estreia na Bahia apostando em grade nacional

Um dos maiores eventos de cultura preta do mundo, Afropunk acontece neste sábado (27) no Centro de Convenções de Salvador, de forma híbrida

  • Foto do(a) author(a) Vinicius Nascimento
  • Vinicius Nascimento

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 06:15

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Casé Comunica

Demorou, mas chegou. Depois de destacar a cultura negra mundo afora, o festival Afropunk chega a Salvador, à Bahia: ao Brasil. O evento, que nasceu em Nova York para valorizar as linguagens  do hip hop, acontece neste sábado (27), no Centro de Convenções de Salvador,  com shows  de Mano Brown, Margareth Menezes, Luedji Luna e Ilê Aiyê. A eles se juntam Tássia Reis, Duquesa, Yoún e Malia para fortalecer a vertente brasileira deste que é uma das maiores produções de cultura preta do mundo contemporâneo.

Os shows realizados em duos  são fruto da produção musical do artista baiano Enio Nogueira, responsável por trazer unidade aos feats únicos que o  Afrobeat propõe - ele também assina a direção musical do evento. “Esse festival vai muito além de ter  atrações musicais. Tem um contexto muito mais afirmativo, dessa necessidade que nós, negros, temos de nos potencializar,” explica.

Enio, que assume programações (DJ), guitarra e vocais, acompanha as atrações do Afropunk Bahia e ainda conta com o auxílio de artistas de peso como Gabi Guedes e Alana Gabriela nas percussões; Tedy Santana na bateria; Fabrício Mota no baixo e vocais; Jaguar Andrade na guitarra; Marcelo Galter no teclados; Gleison Coelho e Normando Mendes nos sopros. Segundo ele, a ideia desta edição é criar elos e sistemas de visibilidade para artistas negros de todas as idades e trajetórias. A curadoria do projeto é assinada pela cantora Larissa Luz, que fará a apresentação do festival. Enio Nogueira assina a direção musical do Festival Afropunk Bahia (Foto: Caio Lírio/Divulgação) Cadê o pagode? Um questionamento levantado foi sobre a ausência de artistas do pagode baiano num evento que exalta a cultura negra e de periferia em plena Salvador. Larissa Luz explica que ter atrações de pagode dentro de um festival com esse conceito faz todo sentido e cita o exemplo da participação do ÀTTØØXXÁ na edição passada do projeto, que aconteceu em 2020, de maneira virtual.

“Todas as minhas escolhas passam por um outro crivo, que analisa outras coisas, como o discurso. O pagode faz total sentido e, provavelmente, no ano que vem, com o grande festival presencial, com todo o público já permitido, provavelmente teremos muitas apresentações de pagodão”, promete.

Larissa ainda afirma que também sentiu falta de artistas de funk e explicou que, além do desejo, também é preciso levar em conta a parte prática da produção de um festival: conciliar datas e pensar na parte logística.

Enio Nogueira, por sua vez, comenta que não há como acolher todas as manifestações  e que, nesta primeira edição, a ideia foi trazer artistas de todo o Brasil: “Temos  Margareth Menezes que é a artista negra mais representativa no país; temos Luedji Luna no line up e trouxemos artistas de outros lugares. O Afropunk está na Bahia, mas tentamos contemplar artistas do país inteiro”.

Ele diz que entende o questionamento  porque o pagode faz parte do dia-a-dia de Salvador: “O pagode é nossa raiz, no sentido da cultura popular e no sentido Afropunk mais forte. O pagodão e todos os gêneros que vêm do samba. Acredito que, em qualquer festival grande, não dá para acolher todo o mundo.  Não se trata, de maneira alguma, de enxergar o pagode como algo fora disso. A gente podia ter  diversos  mas esse é só o primeiro”.

Dedicado ao maestro Letieres Leite, que morreu vítima de complicações da covid-19  há um mês, o evento acontece no Centro de Convenções Salvador e será realizado de maneira híbrida, com transmissão ao vivo pelo YouTube e pelo site oficial do evento e com participação presencial limitada e reduzida de público por conta da pandemia. 

PROGRAMAÇÃO:Apresentação: Larissa Luz

Shows ao vivo: Mano Brown & Duquesa Tássia Reis & Ilê Aiyê Luedji Luna & Yoún Malia & Margareth Menezes Urias & Vírus Deekapz convida Melly e Cronista do Morro Batekoo convida Deize Tigrona , Tícia e Afrobapho

Serviço: Sábado (27), a partir das 17h30 |  transmissão pelo YouTube e site oficial do evento . Ingressos aqui