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Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2021 às 16:18
- Atualizado há 2 anos
Ex-vice-presidente, ex-senador e ex-governador de Pernambuco, Marco Maciel faleceu neste sábado (12), aos 80 anos, deixando um legado importante para a política nacional. Seu trabalho foi destacado pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que manifestou pesar pela perda do político, que também era grande amigo de seu pai, o empresário Antonio Carlos Júnior, que também lamentou a perda. Maciel era também amigo de outros políticos baianos importantes, como o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (morto em 2007), e do ex-deputado Luís Eduardo Magalhães (falecido em 1998). >
"Marco Maciel foi um dos fundadores e um dos mais importantes quadros do nosso partido. Com sua exemplar atuação na vida pública, escreveu uma história irretocável de dedicação ao nosso país. Em minha trajetória, pude me inspirar e aprender com seus ensinamentos", iniciou Neto, em uma postagem nas redes sociais.>
"Ex-vice-presidente da República, Marco Maciel foi uma liderança capaz de motivar políticos de todas as idades. Hoje, envio toda solidariedade e carinho aos familiares e amigos deste grande líder", concluiu ele.>
O partido Democratas também lamentou a perda do político. "É com profundo pesar e tristeza que o Democratas no Senado se despede, neste sábado (12), de um de seus mais importantes e expressivos quadros políticos: o ex-vice-presidente da República e ex-senador, Marco Maciel (PE). Homem público de uma sabedoria nata e inspiração para muitos brasileiros, Marco Maciel viveu e se dedicou à causa pública. Não raro era procurado por parlamentares, líderes e autoridades de diferentes áreas para debater temas e soluções de cunho nacional", declara nota publicada no site da legenda.>
"Um dos fundadores da legenda, Marco Maciel, sem dúvida, fará falta para o Democratas. Com sua experiência como governador de Estado, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, esse líder reuniu qualidades únicas e raras para a vida política: ética, seriedade, compromisso e eficiência. Sentiremos sua ausência", concluiu o comunicado.>
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conta que Maciel e Luís Eduardo Magalhães estão entre os primeiros que apoiaram a ideia de ele ser candidato ao Executivo nacional. >
“Marco Maciel, Luís Eduardo Magalhães e Jorge Borhausen foram os primeiros a colocar a eventualidade de eu ser candidato a presidente da República”, lembrou FHC no documentário 'Marco Maciel – A Política do Diálogo', realizado pela TV Câmara. Os três foram dissidentes do antigo PDS e passaram a fazer parte do Partido da Frente Liberal (PFL) que apoiou a candidatura de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.>
Despedida Numa cerimônia restrita a familiares e amigos, o corpo de Marco Maciel está sendo velado no Salão Negro do Senado Federal, em Brasília. O político convivia com a doença de Alzheimer desde 2014, e voltou a ser internado esta semana por conta de uma infecção bacteriana, vindo a falecer neste sábado (12). A despedida do político seguiu até as 16h30. O sepultamento está marcado para as 17h30, na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.>
Trajetória Pernambucano, Maciel teve seu nome ligado à política brasileira por 45 anos, de 1966 a 2011. No Senado, ocupou uma vaga por Pernambuco em três períodos: de 1983 a 1991, de 1991 a 1994 e de 2003 a 2011. A Vice-Presidência da República foi exercida por ele nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1999 e de 1999 a 2003.>
Também foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 18 de dezembro de 2003, como oitavo ocupante da Cadeira nº 39, na sucessão de Roberto Marinho.>
Marco Antônio de Oliveira Maciel nasceu em Recife no dia 21 de julho de 1940. Casado com a socióloga Anna Maria Ferreira Maciel, foi pai de três filhos e avô de quatro netos. Era formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e também foi professor e advogado.>
Marco Maciel assumiu a presidência da República 87 vezes – “um pouco mais de 10 meses” – nos oito anos em que foi vice de Fernando Henrique Cardoso, que ocupou o Palácio do Planalto de 1995 a 2002. “Era o vice dos sonhos. Viajava e não tinha a menor preocupação, porque Marco era correto. E mais do que correto, minucioso, quase carinhoso. Por exemplo, muitas vezes me trazia algo para ler e marcava em amarelo para poupar o meu tempo. Ele era leal ”, afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no documentário. Com informações do JC Online/Rede Nordeste.>