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Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2020 às 19:33
- Atualizado há 2 anos
A redução da carga tributária de bicicletas no Brasil, que é uma das mais altas do mundo, é o pedido de um abaixo-assinado, que já tem mais de 2 mil assinaturas. Por enquanto, a proposta é uma ideia legislativa. Para que vire sugestão legislativa e seja discutida no Senado Federal, são necessárias 20 mil assinaturas. O apoio pode ser feito até 30 de setembro de 2020, neste link.>
Segundo o idealizador da proposta e defensor da ciclomobildade, André Fraga, a mudança pode fazer com que mais pessoas tenham condições de comprar bicicletas no país.>
“Hoje, no Brasil, o valor médio da bicicleta chega a custar 72% a mais por causa dos impostos - mais até que os 37,17% que incidem sobre um carro popular. Isso é muita coisa. Se não fosse essa carga tributária altíssima, não tenho dúvida que muito mais pessoas estariam utilizando a bicicleta como seu principal meio de transporte urbano", defendeu.>
"Os benefícios são inúmeros para a cidade e o cidadão, porque terá menos carros nas ruas e, portanto, menos poluição, congestionamentos e doenças. Em tempos de pandemia, a bicicleta se torna um modal aliado do distanciamento social”, continuou Fraga.>
No Brasil, durante a pandemia, cerca de metade das lojas especializadas em bikes tiveram queda no faturamento igual ou superior a 50%. Enquanto isso, em vários países da Europa, a bicicleta tem sido a solução para evitar transportes como metrô e ônibus lotados, em meio à necessidade do distanciamento social.>
Na Espanha, por exemplo, o uso de ciclovias quadruplicou durante a hora de pico na cidade. Em Londres, muitas vagas para carro e pistas viraram ciclovias ou calçadas mais largas.>
Em Salvador, há cerca de 250 quilômetros de sistema cicloviário atualmente, sendo mais de 170 implantados pela Prefeitura nos últimos anos, incluindo ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas.>
“Reduzir o preço final das bicicletas vai propiciar que mais pessoas possam pedalar. Somos muitos. Existem em torno de 120 grupos de pedal de diferentes faixas etárias, nível social e econômico em Salvador, unidos pelo prazer de pedalar. Muita gente também usa a bicicleta para o deslocamento ao trabalho, mas muitas outras para o divertimento, entrosamento e para conhecer melhor nossa cidade", afirmou Joenamile Pacheco, praticante do ciclismo urbano há 3 anos.>