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'A próxima grande revolução será das ciências humanas', diz Pierre Lévy

NO TCA, filósofo francês defendeu que o objetivo da humanidade, agora, é aumentar a inteligência coletiva

  • D
  • Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 23:05

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Betto Jr./ CORREIO

Convidado da segunda edição da temporada 2019 do Fronteiras do Pensamento, o filósofo francês Pierre Lévy defendeu a construção de uma inteligência coletiva reflexiva e colaborativa como a grande transformação cultural com a qual a humanidade poderá se deparar daqui a alguns anos.  A defesa foi também uma resposta a como os seres humanos constroem o sentido das suas vidas, tema proposto pelo Fronteiras este ano. “Fui apresentado como um filósofo da informática e da internet, mas peguei o assunto da conferência seriamente e decidi discutir como o sentido é construído nesse universo digital”, explicou ele para a plateia que lotou o TCA na noite desta terça-feira (9).   Dentre os presentes, interessados nos temas da Comunicação e da Educação, duas áreas bastante contempladas nas reflexões do filósofo. O debate após a conferência, inclusive, foi mediado pelo professor André Lemos, titular do Departamento de Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Ufba.O que virá Vinte e cinco anos depois de lançar o livro A Inteligência Coletiva (1994), Lévy continua defendendo o conceito e dois de seus princípios básicos: a autonomia individual e a memória coletiva. “Há mais de 10 anos não peço para meus alunos comprarem livros. Está tudo na nuvem, quase sempre de graça”, destaca o filósofo, atual professor de Inteligência Coletiva na Universidade de Ottawa.  Para ele, assim como os romanos da Antiguidade não podiam imaginar a existência de um avião, a humanidade hoje não é capaz de prever quais as mudanças culturais decorrentes da cultura algorítmica. “Apesar disso, me arrisco a uma palpite: vimos a Revolução Científica, e em breve veremos a Revolução nas Ciências Humanas. Para mim, o contrário da Inteligência Coletiva não é a estupidez coletiva, isso é banal, mas sim a Inteligência Artificial. Temos que caminhar na direção da nossa evolução, entender como nossos ecossistemas de ideias estão evoluindo e se modificando”, aposta Lévy, para quem o objetivo da humanidade, agora, é aumentar a inteligência coletiva humana. Dentre os desafios, a finitude de recursos do planeta Terra ("não vivemos na lua, nem em Marte"). 

A temporada 2019 será encerrada no dia 1º de outubro, com um debate especial entre as escritoras brasileiras Djamila Ribeiro e Lilia Schwarcz. Os ingressos, que custam R$ 50, já estão à venda. O gerente de Relações Institucionais da Braskem na Bahia e Alagoas, Milton Pradines, destaca que, “ao patrocinar mais essa temporada das conferências, a Braskem segue seu propósito de fomentar conhecimento e curiosidade intelectual ao apresentar ao público baiano o olhar de grandes pensadores contemporâneos sobre um tema tão atual”.