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Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2018 às 06:09
- Atualizado há 2 anos
A mobilização dos caminhoneiros continua na Bahia nesta quarta-feira (30). Já é o décimo dia de paralisação da categoria nas rodovias. Eles já tinham informado que manteriam a paralisação após uma reunião com representantes do governo do estado.
Segundo informações da concessionária Bahia Norte, os caminhoneiros colocaram veículos no acostamento em ambos os sentidos da Via Parafuso (BA-535), no km 10, na altura do Atacadão. Apenas ônibus e veículos de passeio podem passar pelo local.
De acordo com a Via Bahia, há bloqueios na BR-116 nas cidades de anto Estevão, Itatim, Milagres, Jequié, Poções, Manoel Vitorino e Vitória da Conquista. Veículos de carga (caminhões e carretas) não estão passando.
Até às 18h de ontem, havia 46 pontos de bloqueio, de acordo com a PRF.
Na madrugada desta quarta, equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Nordeste liberaram o trecho da BR-116, na cidade de Teofilândia. A ação faz parte do trabalho integrado da Secretaria da Segurança Pública e Polícia Rodoviária Federal (PRF) em rodovias da Bahia onde caminhoneiros que querem trafegar com mercadorias vinham sendo ameaçados."Estamos monitorando as rodovias federais, fornecendo total apoio à nossa coirmã PRF. A determinação é que não sejam permitidos bloqueios, garantindo o trânsito de itens básicos e dos caminhoneiros que não aderiram ao movimento", declarou o comandante da Cipe Nordeste, major Wellington Morais dos Santos. (Foto: Divulgação/SSP)
Gás lacrimogênio Ontem uma megaoperação foi montada para liberar as BRs 101, 242 e 116, nos perímetros de aproximadamente seis cidades. As ações foram realizadas pelo Batalhão de Choque, Grupamento Aéreo (Graer) e Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes).
Em Alagoinhas, Nordeste do estado, manifestantes deitaram na pista na frente de uma cervejaria e atiraram pedras contra os policiais. Equipes do Choque usaram bombas de gás lacrimogênio e dispersaram os manifestantes que tentavam bloquear a BR-101 totalmente.
Guarnições de unidades territoriais da PM ficarão nos pontos usados pelos manifestantes para evitar novas retenções.
Reunião Ontem, eles explicaram o motivo de manter a paralisação. "Vamos manter nossa paralisação. Não iremos desobstruir vias nem liberar caminhões até que o presidente e o governador façam uma intervenção a favor da redução do preço da gasolina, do gás de cozinha,do etanol e do óleo diesel. Esse é um anseio da sociedade. Estamos clamando para que o povo abrace nosso movimento", pontuou o caminhoneiro Marcos Nogueira, um dos líderes do movimento, que esteve presente na reunião.
Na reunião, foram tratados temas como a redução do ICMS nos combustíveis, não cobrança de pedágio nos eixos suspensos e redução do custo do exame toxicológico. Os onze motoristas autônomos foram recebidos na Secretaria de Relações Institucionais (Serin), onde foi garantida a suspensão da cobrança do pedágio sobre o terceiro eixo dos caminhões, quando vazios, e a continuidade do diálogo.
Sobre a redução do ICMS, segundo os caminhoneiros, a representante da Serin disse que não poderia tratar do tema sem falar antes com o governador. O governo do estado não respondeu aos questionamentos do CORREIO sobre o tema. Ficou acertada uma nova reunião entre as partes, porém sem data definida.