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Ucrânia bombardeia a capital russa em maior ofensiva com drones da guerra

Alvos militares e do setor de energia foram atingidos nos bombardeios

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 11 de março de 2025 às 07:40

Ataque à Rússia
Ataque à Rússia Crédito: Reprodução

Em uma operação considerada uma das mais impactantes desde que a Rússia se tornou alvo de ações ofensivas ucranianas, a Ucrânia lançou um ataque massivo com mais de 200 mísseis e drones entre a noite de segunda-feira (10) e a madrugada de terça-feira (11) contra Moscou. Segundo fontes de Kiev, o ataque atingiu diversas instalações estratégicas em território russo, incluindo uma fábrica de armas e uma central de gás natural. Os russos acusam a Ucrânia de utilizar mísseis de longo alcance fornecidos por países ocidentais. Duas pessoas morreram e 18 ficaram feridas, segundo os primeiros levantamentos. 

Andriy Kovalenko, chefe do Centro de Combate à Desinformação da Ucrânia, revelou que cinco cidades russas foram alvo dos bombardeios: Engels, Saratov, Kazan, Bryansk e Tula. Um oficial ucraniano, que preferiu permanecer anônimo, informou à Bloomberg que os alvos incluíam duas fábricas de produtos químicos nas regiões de Tula e Bryansk, um depósito de munição no campo de aviação de Engels e uma refinaria de petróleo da Rosneft PJSC em Saratov. Em Kazan, localizada a aproximadamente 1.000 km da fronteira, a fábrica de produtos químicos Orgsintez, descrita como "de importância direta para o complexo militar-industrial russo", foi danificada.

Autoridades russas e a mídia local confirmaram os ataques. Em Saratov, o governador regional relatou danos a dois centros industriais. No Tartaristão, um drone atingiu um centro de armazenamento de gás, causando uma grande explosão e liberando uma densa fumaça perto de Kazan. O Ministério da Defesa russo afirmou ter interceptado seis mísseis ATACMS, de fabricação americana, e seis mísseis de cruzeiro Storm Shadow, de origem britânica, na região de Bryansk, além de outros dois Storm Shadow sobre o Mar Negro. Segundo Moscou, 146 drones ucranianos foram abatidos fora da zona de conflito nas últimas 24 horas.

Desde o início de 2024, a Ucrânia tem intensificado ataques com drones contra refinarias de petróleo russas, buscando reduzir o fornecimento de combustível para o Exército russo e cortar a receita de Moscou com exportações de petróleo. 

O Estado-Maior da Ucrânia descreveu o ataque como "o mais massivo contra as instalações militares dos ocupantes", destacando que os alvos estavam localizados a distâncias entre 200 e 1.100 km dentro do território russo. Nikolayevski Vanyok, um blogueiro ucraniano que analisa os ataques russos, classificou o bombardeio como "provavelmente um dos mais eficazes" do conflito, com "ataques dolorosos em complexos militares-industriais e infraestrutura de energia em locais que geralmente não são alvos frequentes".

Paralelamente, a Força Aérea ucraniana anunciou que derrubou 58 drones iranianos lançados pela Rússia, enquanto outros 21 foram neutralizados por sistemas de interferência eletrônica ou caíram por conta própria.

Os ataques ocorrem em um momento crítico para as forças ucranianas na linha de frente, especialmente na região de Donetsk, no leste do país. Em Pokrovsk, uma das principais cidades visadas pela Rússia, as autoridades renovaram o apelo para que os moradores restantes evacuem a área. Antes da ofensiva russa iniciada em fevereiro de 2022, a cidade abrigava cerca de 60 mil pessoas.