Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 31 de março de 2025 às 10:17
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantou novamente a possibilidade de tentar um terceiro mandato, desafiando a limitação imposta pela Constituição, que prevê apenas dois mandatos para o presidente, mesmo que não consecutivos. Este já é o segundo mandato de Trump e, pela lei, seu último. Em uma conversa com a emissora NBC no último domingo (30), porém, Trump afirmou: "Não estou brincando" e disse que "existem métodos pelos quais isso pode ser feito", quando questionado sobre essa possibilidade.>
Embora tenha falado sobre essa intenção em outras ocasiões, as declarações de Trump neste domingo foram as mais concretas até agora sobre como ele planeja tentar alcançar esse objetivo. Ele afirmou que muitos de seus seguidores pedem um novo mandato, embora também tenha destacado que ainda é muito cedo na administração para tomar qualquer decisão definitiva.>
Para que Trump tentasse um terceiro mandato, seria necessária uma mudança constitucional, algo que exigiria uma maioria de dois terços tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, o que o Partido Republicano não possui atualmente. Trump, no entanto, sugeriu que já foram apresentados a ele planos para viabilizar a reeleição. >
Em um cenário mais específico, Trump indicou que, caso o vice-presidente J.D. Vance renunciasse à presidência, isso seria uma possibilidade para permitir seu retorno ao poder, mas não detalhou outros métodos que teriam sido discutidos.>
Para alterar a Constituição dos Estados Unidos e possibilitar um terceiro mandato, Trump também precisaria do apoio de dois terços dos estados para convocar uma convenção constitucional, o que exigiria a aprovação de três quartos dos estados. No entanto, as chances dessas alternativas pareceriam remotas, dado o atual controle do Partido Republicano sobre um número limitado de estados e congressistas. Vale lembrar que as 27 emendas constitucionais aprovadas até hoje passaram exclusivamente pelo Congresso, e os Estados Unidos nunca convocaram uma convenção constitucional.>