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Trump chama bispa de 'hater' e radical de esquerda e exige desculpas públicas

Ela aproveitou missa para pedir que novo presidente tenha "compaixão" com imigrantes e comunidade LGBT, entre outros

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 10:38

Trump e a bispa Mariann Edgar Budde
Trump e a bispa Mariann Edgar Budde Crédito: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou duramente a bispa de Washington, Mariann Edgar Budde, chamando-a de "radical de esquerda" e "hater", exigindo que ela se desculpasse por suas palavras durante uma missa realizada na terça (21), quando Trump estava presente.

Budde, que é a primeira mulher a ocupar o cargo de bispa de Washington e líder espiritual de várias congregações episcopais, pediu a Trump misericórdia aos imigrantes, destacando a insegurança das comunidades imigrantes e LGBT+ e o medo das crianças que temem perder seus pais. Durante o culto na St. John's Episcopal Church, ela se dirigiu ao presidente pedindo que ele fosse compassivo com aqueles que estão fugindo de situações de guerra e perseguição, e com as famílias imigrantes vivendo com o medo de deportações.

Trump, em sua publicação nas redes sociais, criticou não apenas o conteúdo do sermão, mas também o tom e a abordagem da bispa, dizendo que sua fala foi "agressiva", "desrespeitosa" e "extremamente entediante". Ele também questionou a falta de menção sobre a imigração ilegal e os crimes supostamente cometidos por migrantes. Além disso, Trump aproveitou para reiterar suas posições sobre imigração, afirmando que a maioria dos imigrantes ilegais vinha de prisões ou instituições psiquiátricas de outros países, sem apresentar dados que comprovem a fala. 

Elon Musk, um dos maiores aliados de Trump, também se manifestou contra os comentários de Budde em suas redes sociais, afirmando que ela havia “pegado o vírus da mente woke” – uma referência à defesa das causas progressistas.

No entanto, Budde se manteve firme em seu apelo por misericórdia, citando ensinamentos religiosos que encorajam a compaixão e acolhimento ao estrangeiro, um valor que ela argumenta ser central para a prática cristã.