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Suprema Corte decide que Donald Trump pode disputar eleições dos EUA

Defesa do ex-presidente recorreu após Justiça do estado do Colorado barrar candidatura de Trump

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 4 de março de 2024 às 12:32

ex-presidente dos EUA Donald Trump
ex-presidente dos EUA Donald Trump Crédito: Shutterstock

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, nesta segunda-feira (4), que o ex-presidente Donald Trump pode disputar as eleições presidenciais no país, previstas para novembro. Assim, Trump segue qualidade para ser pré-candidato pelo Partido Republicano, que ainda vai escolher seu candidato.

A sentença favorável ocorre na véspera da Superterça,data em que 15 estados e um dos EUA votam de forma simultânea nas prévias eleitorais do país. Trump é considerado a favorito para garantir a nomeação dos republicanos e deve disputar com o atual presidente, Joe Biden, que vai buscar a reeleição, pelo lado dos Democratas. 

A decisão da Suprema Corte responde a um caso do estado do Colorado, mas por ser da maior instância do país vai valer para qualquer outro estado que conteste a presença de Trump nas urnas. Com isso, efetivamente não há mais chances de que o ex-presidente fique fora da corrida eleitoral, sendo escolhido pelos republicanos. 

A Justiça do Colorado havia decidido que Trump não podia concorrer às eleições por ter violado um artigo da Constituição dos EUA, participando da insurreição do dia 6 de janeiro de 2021, quando milhares de pessoas insatisfeitas com a derrota do republicado para Biden invadiram o Capitólio. A defesa do ex-presidente recorreu, levando o caso para a Suprema Corte. 

Na decisão da Suprema Corte, os juízes, de maioria conservadora, avaliaram que cabe ao Congresso do país, e não aos estados, determinar se um candidato pode ou não ser candidato nas eleições. O presidente do tribunal, o juiz conservador John Roberts, disse na sessão que a consequência de se aprovar a decisão do Colorado poderia ser "bastante assustadora", abrindo caminho para cada estado qualificar ou não candidatos. 

“E caberá apenas a um punhado de estados que decidirão as eleições presidenciais. Essa é uma consequência bastante assustadora”, disse Roberts.