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Quem assume a sucessão quando o Papa Francisco morrer?

Sucessão papal é regida por um processo complexo e bem definido - e já tem nomes citados como favoritos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 09:35

Papa Francisco
Papa Francisco Crédito: Reprodução

A saúde do Papa Francisco tem gerado preocupações nos últimos tempos. Aos 88 anos, ele já enfrentou complicações respiratórias e chegou a cancelar compromissos. Recentemente, o pontífice teve dificuldades para respirar durante uma missa, e no ano passado precisou interromper a agenda devido a um quadro gripal. Isso levanta uma questão importante: o que ocorre com a Igreja Católica caso o Papa Francisco falecer ou renunciar?

A sucessão papal é regida por um processo complexo e bem definido, com suas origens remontando ao século XI. Durante a Idade Média, a eleição do papa era influenciada pela opinião popular do clero e dos fiéis, o que frequentemente resultava em disputas e antípodas, ou seja, indivíduos com reivindicações falsas ao papado. Em 1059, o Papa Nicolau II emitiu um decreto que estabeleceu um novo processo de eleição papal, criando o Colégio de Cardeais e garantindo que os cardeais bispos fossem os responsáveis pela escolha do pontífice. Esse sistema foi aprimorado ao longo dos séculos, com a inclusão de novas regras de votação e a formalização do Colégio de Cardeais em 1150.

O processo de sucessão foi ajustado ao longo do tempo. Em 1179, foi implementada a necessidade de uma maioria de dois terços de votos para eleger um novo papa. O número de cardeais elegíveis também foi aumentado ao longo dos séculos, atingindo 120 em 1975, quando o Papa Paulo VI fixou esse limite. Hoje, há 222 cardeais, sendo 120 aptos a votar, mas até o final do ano, oito cardeais perderão o direito de voto ao completarem 80 anos.

Como funciona a sucessão papal?

Atualmente, os cardeais são responsáveis pela escolha do novo papa durante um conclave, que ocorre na Capela Sistina, no Vaticano. Quando o conclave se reúne, os cardeais fazem um juramento de sigilo e permanecem trancados na capela até que um novo papa seja escolhido. O voto é secreto e, caso não haja consenso nas primeiras votações, o processo se repete até que a maioria de dois terços seja alcançada. Se, após quatro dias de votações, não houver resultado, um dia é reservado para oração e reflexão, e, se necessário, um segundo turno entre os dois candidatos mais votados pode ser realizado.

A cada rodada de votação, as cédulas são queimadas, e a fumaça resultante é um indicativo do andamento da eleição. Fumaça branca significa que o novo papa foi escolhido, enquanto a fumaça preta indica que a eleição ainda não foi concluída. A fumaça branca se tornou um sinal oficial de escolha papal no final do século XIX, com o uso de produtos químicos específicos para gerar a cor.

Quanto ao futuro papa, não há um sucessor pré-definido. O próximo pontífice será escolhido entre os cardeais elegíveis, e embora nomes como o cardeal italiano Matteo Zuppi e o filipino Luis Antonio Tagle sejam frequentemente citados como favoritos, qualquer cardeal do Colégio de Cardeais pode ser eleito, dependendo do resultado do conclave.