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Prada compra a Versace por US$ 1,4 bilhão e cria gigante do luxo italiano

Fundada em 1978 por Gianni Versace, a marca ganhou notoriedade sob a direção criativa de sua irmã, Donatella Versace

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 10 de abril de 2025 às 13:20

Versace
Versace Crédito: Shutterstock

O Grupo Prada, um dos maiores nomes do luxo mundial, confirmou nesta quinta-feira (10) a aquisição da icônica grife Versace por 1,25 bilhão de euros (cerca de US$ 1,4 bilhão). O anúncio encerra semanas de negociações e marca um passo estratégico para fortalecer a presença italiana no competitivo cenário global de moda de alto padrão.

Fundada em 1978 por Gianni Versace, a marca ganhou notoriedade sob a direção criativa de sua irmã, Donatella Versace, que deixou o cargo em março de 2025 após três décadas à frente da empresa. Em 2018, a Versace foi vendida para a americana Capri Holdings, controladora de outras marcas como Michael Kors e Jimmy Choo, por US$ 2 bilhões — valor superior ao atual negócio com a Prada.

Analistas apontam que a Versace enfrenta desafios em seu posicionamento, especialmente com a ascensão do "luxo discreto" ("quiet luxury") entre consumidores de alta renda, tendência que contrasta com o estilo vibrante e estampado característico da grife.

Itália busca peso maior no mercado

A compra da Versace pela Prada reforça a indústria italiana em um mercado majoritariamente dominado por grupos franceses, como a LVMH (dona de Louis Vuitton e Dior), e conglomerados americanos. Apesar de responder por 50% a 55% da produção mundial de bens de luxo pessoais, segundo a consultoria Bain, a Itália ainda não possui um grupo com escala equivalente aos rivais internacionais.

Com capitalização de mercado de aproximadamente €14 bilhões (US$ 15 bilhões), a Prada consolida-se como a maior empresa italiana de moda de luxo em receita. No entanto, o valor é modesto perto de gigantes como a LVMH, avaliada em cerca de US$ 300 bilhões.

A longo prazo, a atenção do mercado se volta para marcas como Armani e Dolce & Gabbana, sediadas em Milão e ainda controladas por suas famílias fundadoras. Seus rumos podem ser determinantes para a formação de um polo italiano mais forte na moda global.