Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Estadão
Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 14:11
A diretora de Comunicações do Fundo Monetário Internacional (FMI), Julie Kozack, afirmou que o novo acordo com a Argentina, que ainda depende de aprovação, deve colocar o programa de ajuda ao país de volta ao caminho certo. Questões políticas no país no ano passado acabaram impactando os principais objetivos da iniciativa, conforme ela.
O corpo técnico do Fundo e as autoridades argentinas chegaram a um novo acordo que, caso aprovado pelo Conselho Executivo do Fundo, daria acesso a cerca de US$ 4,7 bilhões ao país, conforme anúncio feito na quarta-feira, dia 10. Nele, foram obtidos entendimentos sobre um conjunto reforçado de políticas que visam restaurar a estabilidade macroeconômica no país, conforme Kozack
"E colocar o programa atual de volta no caminho certo, uma vez que os principais objetivos do programa foram impactados devido a graves reveses políticos nos últimos trimestres de 2023", explicou a diretora de Comunicações do FMI, em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira.
Kozack disse ainda que a nova administração da Argentina, sob o comando de Javier Milei, já está implementando um "ambicioso plano de estabilização". "É também muito importante notar que o pacote acordado inclui um aumento da assistência social para proteger os mais vulneráveis na economia argentina", acrescentou
Questionada sobre leis que estão sendo consideradas, a diretora de Comunicações do FMI afirmou que pacote legislativo muito amplo que está sendo considerado. Ela disse que o Fundo espera que as autoridades continuem a construir apoio político para avançar aspectos chave do projeto de lei no que diz respeito às projeções sobre o crescimento e a inflação da Argentina.
No âmbito da política monetária, reconheceu que a gestão atual evolui para apoiar a demanda por moeda e também a desinflação. "A Argentina está a avançar para um regime cambial mais baseado no mercado, abandonando os controles administrativos de importação", acrescentou Kozack.