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Papa Francisco tem noite tranquila sem febre e está 'alerta', diz Vaticano

A internação de Francisco já representa o maior período em que ele ficou afastado da vista pública desde o início de seu papado

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 5 de março de 2025 às 08:46

Papa Francisco
Papa Francisco Crédito: Shutterstock

O Vaticano divulgou um novo boletim na manhã desta quarta-feira (5), informando que o papa Francisco teve uma noite tranquila. A saúde do pontífice segue estável, conforme o comunicado divulgado anteriormente, que também destacava que, no início da noite de terça-feira (4), ele se encontrava sem febre, sempre alerta e colaborando com as terapias, mantendo-se orientado.

De acordo com a nota, o papa havia recebido oxigênio suplementar e feito fisioterapia respiratória pela manhã. Durante a noite, conforme o planejamento, ele retomaria a ventilação mecânica não invasiva (sem intubação), até a manhã seguinte.

No primeiro boletim de terça-feira, o Vaticano havia informado que o papa começou a receber oxigênio novamente por meio de um pequeno tubo nasal.

O pontífice está internado no hospital Gemelli, em Roma, desde 14 de fevereiro, devido a um diagnóstico de pneumonia bilateral, uma infecção grave nos dois pulmões que pode causar inflamação e cicatrizes, dificultando a respiração. Na segunda-feira (3), o papa enfrentou dois episódios de "insuficiência respiratória aguda", um contratempo após declarações mais otimistas sobre sua saúde no fim de semana anterior. No entanto, o pontífice se recuperou, dormiu bem à noite e seguiu descansando no hospital, conforme a Santa Sé.

Ainda na segunda-feira, o papa sofreu um broncoespasmo e precisou passar por duas broncoscopias para desobstruir suas vias respiratórias. A crise foi causada por "um acúmulo significativo de muco endobrônquico", o que dificultava sua respiração. Durante o procedimento, o Vaticano não informou se o papa foi sedado. Para tratar da insuficiência respiratória, Francisco precisou de ventilação mecânica não invasiva.

Os médicos do pontífice explicaram que o episódio respiratório fazia parte da resposta normal do corpo à infecção, conforme relatado pela Santa Sé. Devido à remoção parcial de um de seus pulmões após pleurisia, quando jovem, o papa é mais propenso a infecções pulmonares.

A internação de Francisco já representa o maior período em que ele ficou afastado da vista pública desde o início de seu papado, em março de 2013. Os médicos não deram uma previsão de quanto tempo durará o tratamento do pontífice.