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Publicado em 1 de janeiro de 2025 às 18:23
O papa Francisco começou o Ano Novo com um apelo para que os fiéis rejeitem o aborto e pediu um "compromisso firme" para proteger e respeitar a vida desde a concepção até a morte natural. >
O pontífice de 88 anos celebrou nesta quarta-feira, 1º, uma missa de Ano Novo na Basílica de São Pedro dedicada a Maria, a mãe de Jesus.>
Em sua homilia no Vaticano, orou para que todos aprendam a cuidar de "todo filho nascido de mulher" e proteger "o precioso dom da vida: a vida no útero, as vidas das crianças, as vidas dos que sofrem, os pobres, os idosos, os solitários e os moribundos".>
"Peço um compromisso firme para respeitar a dignidade da vida humana desde a concepção até a morte natural, para que cada pessoa possa valorizar a própria vida e todos possam olhar com esperança para o futuro", disse ele, usando a fórmula que a Igreja emprega em sua oposição ao aborto e também à eutanásia.>
Nos últimos anos, o jesuíta argentino tem falado com mais ênfase sobre o aborto do que no início de seu pontificado. Após dois papas focados na doutrina, Francisco se queixou nos primeiros meses de seu papado em 2013 de que a Igreja estava obcecada com "regras mesquinhas" sobre temas polêmicos, como o aborto.>
Francisco agora se refere regularmente à realização de um aborto como "contratar um assassino para resolver um problema". Recentemente causou indignação na Bélgica quando criticou sua lei de aborto chamando-a de "homicida" e anunciou que queria beatificar o falecido rei da Bélgica, que abdicou por um dia em vez de aprovar a lei que legalizava a intervenção.>
A missa matinal era o último grande evento do agitado calendário natalino de Francisco. Para o papa, que sofre de problemas respiratórios recorrentes, a temporada de 2024 apresentou um desafio adicional com o início do grande Ano Santo do Vaticano, uma celebração da fé que ocorre uma vez a cada quarto de século e que se espera atraia 32 milhões de peregrinos a Roma durante 2025.>
Falando aos peregrinos reunidos na ensolarada Praça de São Pedro, Francisco lembrou a mensagem central do Jubileu sobre a necessidade de perdoar dívidas. Fez novamente um apelo aos líderes mundiais dos países ricos para que eliminem ou reduzam as dívidas que os países mais pobres devem.>
Francisco instou os líderes cristãos, em particular, a "dar o bom exemplo" tomando a iniciativa de perdoar dívidas.>