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Papa diz que está passando por 'período de provação' e que seu físico está fraco
Essa é a quarta e mais longa hospitalização do papa em seus 12 anos de pontificado, o que gera preocupação sobre a continuidade no cargo
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Perla Ribeiro
Publicado em 16 de março de 2025 às 13:34
Hospitalizado há 31 dias por problemas respiratórios, o papa Francisco afirmou neste domingo (16) que está "passando por um momento de provação". A declaração foi feita em sua mensagem do Angelus, enviada por escrito pela quinta semana consecutiva. "Compartilho com vocês esses pensamentos, pois estou passando por um período de provação e me uno a tantos irmãos e irmãs doentes: frágeis, neste momento, como eu", escreveu o pontífice de 88 anos, que se recupera de uma pneumonia bilateral no hospital Gemelli, em Roma.
De acordo com informações das agências de notícias, desde sua hospitalização em 14 de fevereiro, Francisco não apareceu em público, nem teve imagens divulgadas. O boletim médico mais recente, divulgado no último sábado (15) à noite pela Santa Sé, afirma que o estado de saúde do papa permanecia "estável", mas que ele ainda precisava continuar com a terapia no hospital, apesar da "melhora gradual".
Como mostra da evolução de quadro de saúde, o argentino Jorge Bergoglio reduz "progressivamente" o uso de máscara de oxigênio durante a noite, substituída por uma cânula nasal de alto fluxo, que ele já utiliza durante o dia e que obriga os pulmões a estarem mais ativos. "O nosso físico está fraco, mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns para os outros. Na fé, sinais luminosos de esperança", acrescentou o papa em sua mensagem do Angelus.
Desde sua última forte recaída, registrada em 3 de março, o estado de Francisco melhorou gradualmente e, na última segunda-feira (10), seu prognóstico deixou de ser considerado "reservado". Os médicos, no entanto, ainda não se pronunciaram sobre uma data de alta. O Vaticano aponta para uma recuperação lenta. Essa hospitalização é a quarta e mais longa em seus 12 anos de pontificado, o que gera preocupação sobre a continuidade no cargo do Santo Padre dos católicos. Recentemente, Francisco descartou a possibilidade de renunciar, a exemplo de seu antecessor, Bento XVI, em 2013.