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Carol Neves
Publicado em 31 de março de 2025 às 09:16
Um casal foi detido pela polícia de Hertfordshire após fazer críticas à escola primária de sua filha, Sascha, de 9 anos, em Borehamwood, ao norte de Londres. Maxie Allen e Rosalind Levine alegaram que foram abordados por seis policiais, na frente da filha, sob suspeita de assédio, comunicações maliciosas e perturbação da propriedade escolar. Eles passaram oito horas detidos e, segundo relatos, as prisões ocorreram após o envio de e-mails e postagens em um grupo de pais no WhatsApp sobre questões envolvendo a escola Cowley Hill.>
O casal já havia sido impedido de frequentar eventos escolares após questionamentos sobre o processo de nomeação do diretor e comentários no WhatsApp sobre o presidente do conselho escolar. Isso também os impediu de fornecer informações médicas essenciais para os professores de Sascha, que é neurodivergente, deficiente e tem epilepsia.>
Maxie Allen, produtor da Times Radio, criticou a ação da polícia e afirmou que a escola tentou “silenciar” os pais. “Foi um pesadelo. Nunca usamos linguagem abusiva. Nossas preocupações eram legítimas e nunca nos foi especificado o que foi considerado criminoso”, disse Allen. A escola, por sua vez, afirmou que procurou a polícia após o volume crescente de mensagens e postagens nas redes sociais.>
A controvérsia teve início em maio de 2024, quando Allen, então membro do conselho escolar, questionou a falta de transparência no processo de recrutamento para o cargo de diretor, após o anúncio da aposentadoria do anterior. As perguntas foram ignoradas, e o casal expressou seu desagrado em um grupo de WhatsApp com outros pais. Isso gerou um aviso do presidente do conselho sobre comentários considerados “inflamatórios”.>
Após o incidente, a escola limitou a comunicação do casal a e-mails, mas acabou buscando conselho policial sobre o número de e-mails enviados. Uma semana depois, no final de janeiro, Allen e Levine foram presos. >
A polícia investigou as alegações de assédio, mas decidiu não prosseguir com mais ações devido à falta de evidências. A escola se defendeu, dizendo que buscou apoio policial por causa da “perturbação” causada pelas mensagens. A polícia de Hertfordshire afirmou que as prisões ocorreram como parte de uma investigação padrão, mas posteriormente concluiu que não havia evidências suficientes para prosseguir com acusações.>