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Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2024 às 08:35
Edmundo González, candidato da oposição que concorreu contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nas eleições de julho, deixou o país neste sábado (7). Ele, que era alvo de um mandado de prisão, seguiu rumo à Espanha após solicitar asilo político.
González é investigado por crimes de usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, González embarcou em um voo da Força Aérea espanhola. "O governo da Espanha está comprometido com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos", clarou em uma rede social.
Segundo a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, González deixou o país com o aval do governo venezuelano, "após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país."
De acordo com a vice-presidente, o candidato estava "há vários dias" refugiado na embaixada da Espanha em Caracas, capital da Venezuela, e havia solicitado asilo político por ser alvo de um mandado de prisão, que veio a pedido do Ministério Público, no dia 2 de setembro.
Edmundo González foi derrotado nas eleições. No entanto, o partido dele garante que houve fraude eleitoral e que o político vendeu com ampla vantagem, segundo as atas impressas pelas urnas eletrônicas.
O partido publicou cerca de 80% das atas eleitorais em um site, o que comprovaria a vitória de González. Os documentos chegaram a ser declarado como verdadeiros pela ONU, mas o Ministério Público garante que as atas são falsas e pediu a prisão de González.
Temendo ser preso pelo regime Maduro, González estava escondido há mais de um mês e era considerado foragido. O político mandou uma carta ao Ministério Público e disse que não ia se apresentar, pois considera que o processo contra ele não tem fundamento legal.
Segundo o MP, o pedido de prisão ocorreu porque González ignorou três intimações para prestar depoimento. O órgão é aliado do presidente Nicolás Maduro e controlado por chavistas.