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ONU confirma que 2024 foi o ano mais quente já registrado; gráfico mostra subida de temperatura

Órgão comentou o que isso significa para o Acordo de Paris

  • Foto do(a) author(a) Carolina Cerqueira
  • Carolina Cerqueira

Publicado em 12 de janeiro de 2025 às 19:16

Temperatura média foi de com cerca de 1,55°C acima dos níveis pré-industriais
Temperatura média foi de com cerca de 1,55°C acima dos níveis pré-industriais Crédito: Reprodução/ONU

O ano de 2024 bateu um recorde que nada tem a celebrar. Foi o ano mais quente já registrado na história. A informação foi confirmada na última sexta-feira (10) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, no próprio site do órgão. 

O ano seguiu no embalo que já compõe uma série de uma década de recordes de temperatura. Desta vez, a temperatura média global da superfície foi 1,55 °C (com uma margem de incerteza de ± 0,13 °C) acima da média de 1850-1900 (níveis pré-industriais).

Os números refletem as condições climáticas extremas registradas em todo o mundo, assim como aumento do nível do mar e derretimento de gelo. 

Temperatura média global, de 1850 a 2024
Temperatura média global, de 1850 a 2024 Crédito: Divulgação/Organização Meteorológica Mundial (OMM)

Um estudo separado publicado na revista Advances in Atmospheric Sciences descobriu que o aquecimento dos oceanos em 2024 desempenhou um papel fundamental nas altas temperaturas recordes. O oceano está mais quente do que nunca, conforme registrado por humanos, não apenas na superfície, mas também a 2.000 metros de profundidade, de acordo com o Instituto de Física Atmosférica da Academia Chinesa de Ciências.

A média de 2024 já é maior que a estabelecida pelo Acordo de Paris, que é de 1,5ºC. Para a ONU, a ultrapassagem não significa que a meta do acordo agora será esquecida, mas, sim, que será preciso agora trabalhar ainda mais para reverter o cenário e correr atrás do prejuízo. 

“Ainda há tempo para evitar o pior da catástrofe climática. Mas as líderes políticas devem agir - agora”, enfatizou o secretário-geral da ONU, António Guterres. "A avaliação de hoje da Organização Meteorológica Mundial (OMM) prova mais uma vez que o aquecimento global é um fato incontestável”, acrescentou. 

Os conjuntos de dados são do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), da Agência Meteorológica do Japão, da NASA, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, (NOAA), da Agência Meteorológica do Reino Unido, em colaboração com a Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia (HadCRUT) e do grupo Berkeley Earth, da Universidade de Berkeley.

A OMM fornecerá todos os detalhes dos principais indicadores de mudança climática, incluindo gases de efeito estufa, temperaturas da superfície, calor do oceano, aumento do nível do mar, recuo das geleiras e extensão do gelo marinho, em seu relatório Estado do Clima Mundial 2024, a ser publicado em março de 2025.