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Carol Neves
Publicado em 26 de março de 2025 às 09:31
O governo colombiano realizou nesta terça-feira (25) uma operação militar de grande porte contra o Clã do Golfo no município de Segóvia, departamento de Antioquia. A ação conjunta do Exército e da Força Aeroespacial resultou na morte de nove integrantes do grupo armado, incluindo dois de seus principais comandantes, além da apreensão de armas e drogas. >
Entre os mortos estão Manuel Alexander Ariza Rosario, conhecido como "Hitler", e Jairo Julio de Hoyos, apelidado de "Neymar", segundo em comando do braço armado da organização. >
O presidente Gustavo Petro confirmou os resultados da operação em suas redes sociais, destacando que o grupo era responsável por ataques recentes contra forças de segurança e pelo assassinato do líder social Jaime Gallego, conhecido como "Mongo". >
Ataque estratégico>
A operação, iniciada no sábado (23), marcou o terceiro bombardeio autorizado por Petro contra organizações narcoterroristas desde que assumiu o governo - e o primeiro em 2024. A decisão ocorre após críticas da oposição sobre suposta brandura no combate aos grupos armados. >
O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, havia sinalizado na semana passada que os ataques aéreos poderiam ser retomados: "A única decisão política do Presidente está alinhada com a proteção da vida. Mas a opção legal e a capacidade estratégica da Força Aeroespacial estão disponíveis e serão aplicadas de acordo com o DIH [Direito Internacional Humanitário]". >
Histórico violento>
Segundo informações de inteligência, a facção atacada era responsável por: >
- Emboscada que matou cinco soldados em fevereiro de 2023 >
- Ataque que deixou oito militares feridos >
- Assassinato do líder social Jaime Gallego neste mês >
Além das baixas entre os narcotraficantes, as forças colombianas apreenderam 13 fuzis e 300 quilos de maconha durante a operação. O governo destacou que a ação foi planejada para minimizar riscos à população civil, seguindo protocolos internacionais. >
A retomada dos bombardeios marca uma mudança de tática na política de segurança de Petro, que havia suspendido temporariamente esse tipo de operação. A medida, no entanto, parece buscar equilibrar pressões políticas com a necessidade de responder a ataques recentes de grupos armados.>