Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Netanyahu desafia pressão internacional, apesar da insatisfação com a guerra dentro do gabinete

Ele garante que a invasão é necessária para desmantelar os últimos batalhões do Hamas em Gaza

  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Estadão

Publicado em 17 de maio de 2024 às 23:21

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou o envio de mais tropas para Rafah, no sul da Faixa de Gaza, o mais recente alvo da operação militar contra o Hamas. A decisão é um sinal de que os israelenses pretendem seguir com a invasão da cidade, onde mais de 1 milhão de palestinos se refugiaram - 600 mil já fugiram da área, segundo a ONU.

"Centenas de alvos foram atingidos e nossas forças estão realizando manobras na área", disse Gallant, que não deu prazos para o envio e para o início da invasão total - até o momento, as ações foram localizadas, segundo o governo de Israel.

O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, vem desafiando a pressão internacional para suspender a operação em Rafah. Ele garante que a invasão é necessária para desmantelar os últimos batalhões do Hamas em Gaza.

Mas, enquanto o Exército israelense não recebe a ordem de atacar, o Hamas parece ter se reagrupado e ressurgido em áreas no centro e no norte de Gaza, obrigando Israel e travar novamente combates violentos contra militantes em partes do enclave que já haviam sido dominadas. Nesta quinta-feira, cinco soldados morreram em Jabaliya.

O renascimento do Hamas vem deixando a cúpula do Exército irritada com a falta de um plano de segurança para Gaza no pós-guerra. No fim de semana, o chefe do Estado-Maior, o general Herzi Halevi, criticou o premiê pela falta de um plano. Na quarta-feira, Gallant cobrou publicamente uma estratégia de Netanyahu. "Desde outubro eu venho levantando esse tema no gabinete de guerra", disse o ministro. "Mas, até agora, não obtive nenhuma resposta."

Outro membro do gabinete de guerra, Benny Gantz - que cada vez mais se consolida como o maior opositor de Netanyahu - concordou com o ministro da Defesa. "Gallant fala a verdade. É responsabilidade do líder fazer a coisa certa para o país a qualquer custo", disse.

O primeiro-ministro respondeu que enquanto o Hamas não for completamente destruído, nenhum outro grupo poderá controlar a Faixa de Gaza, incluindo a Autoridade Palestina. "Não pretendo substituir o Hamastão por um Fatahstão", afirmou o premiê, em referência ao Fatah, facção rival do Hamas, que constitui a Autoridade Palestina que exerce algum poder na Cisjordânia.

Acusação de genocídio

A África do Sul acusou Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, de provocar "uma nova e horrenda fase do genocídio" em Gaza. A diplomacia sul-africana pediu ao tribunal que ordenasse a interrupção da ofensiva em Rafah.

Foi o quarto pedido protocolado pela África do Sul, que pede uma decisão provisória da CIJ para evitar o ataque. Entre as alegações apresentadas pelos sul-africanos estão o registro de valas comuns, de tortura e a retenção deliberada de ajuda humanitária.

O chanceler israelense, Israel Katz, acusou a África do Sul de apresentar à CIJ "alegações falsas" que "dependem de fontes não confiáveis do Hamas". "Israel age de acordo com a lei internacional e suas obrigações humanitárias, e implementa medidas para minimizar os danos a civis", afirmou.