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Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2009 às 07:46
- Atualizado há 2 anos
O médico particular de Michael Jackson aplicava um anestésico potente para ajudá-lo a dormir, e autoridades acreditam que o medicamento tenha provocado a morte do cantor, disse um policial nesta segunda (27). >
O policial, que tem acesso às investigações e falou na condição de anonimato, revelou que o doutor Conrad Murray deu a Jackson o remédio na noite anterior à sua morte. >
Ainda de acordo com o agente, Jackson usava regularmente há dois anos o anestésico Propofol para dormir. Um médico aplicava o medicamento quando o cantor ia dormir e depois encerrava a aplicação intravenosa quando ele queria acordar, disse. >
Pouco depois da meia-noite de 25 de junho, dia em que Michael Jackson morreu, a última dose teria sido aplicada no cantor. Os investigadores trabalham com a teoria de que o Propofol causou a parada cardíaca que matou o Rei do Pop. Mas ainda não há informações precisas de quantos médicos ministraram o medicamento para o cantor.>
As autoridades enfatizam ainda que Murray tem colaborado com as investigações e que ele não é tratado como um suspeito. O seu consultório e um depósito em Houston foram revistados pela polícia na semana passada. O advogado de Murray, Edward Chernoff, disse que o médico não receitou ou administrou nada que pudesse ter matado Jackson. >
Murray era médico particular de Michael Jackson desde maio e deveria acompanhá-lo em sua turnê em Londres a partir de julho. Ele morava na casa do cantor e estava ao lado dele quando houve a parada cardíaca. >
Não está claro quanto quanto tempo levou até que alguém na casa do astro chamasse os paramédicos, ainda que o advogado de Murray tenha dito que foi cerca de meia hora. O resgate chegou cerca de 3 minutos depois que a ligação de emergência foi feita, e os paramédicos tentaram reavivar o cantor por outros 42 minutos antes de colocá-lo na ambulância e levá-lo ao Centro Médica da UCLA, onde foi pronunciado morto. >
De acordo com o policial, o quarto onde o cantor dormia estava repleto de tanques de oxigênio e continha um equipamento para aplicação de tratamento intravenal. Outro quarto estava bagunçado, com roupas e outros itens espalhados e recados escritos a mão colados na parede. Um deles dizia: 'crianças são doces e inocentes'. Uma boneca de porcelana com um vestido foi encontrada sobre o cobertor da cama onde o cantor dormia. >
A temperatura na casa estava extremamente quente, com lareiras a gás e o sistema de aquecimento ligado no máximo porque Jackson sempre reclamava de estar com frio, disse o policial. A polícia também encontrou Propofol e outros medicamentos na casa. Três tanques de oxigênio estavam no quarto do cantor, e outros 15 estavam no quarto do segurança. >
O Propofol pode desacelerar a respiração e baixar os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea. Por causa dos riscos, o Propofol só deve ser aplicado em ambiente médico por pessoas treinadas. Instruções na bula do remédio alertam que os pacientes devem ser constantemente monitorados e que aparelhos para manter a respiração, se necessários, 'deve estar imediatamente disponíveis'. >
Zeev Kain, chefe do departamento de anestesia da Universidade da Califórnia, afirmou que nunca encontrou uma situação em que Propofol tenha sido dado em casa para o paciente dormir. Tal prática, diz, seria considerada uma imperícia. >
A enfermeira Cherilyn Lee, que trabalhou como nutricionista de Jackson no início do ano, disse que ele reclamava de insônia e lhe pediu repetidas vezes por Diprivan - nome da versão comercial do Propofol. Lee afirmou que o alertou sobre os perigos do medicamento e que negou seus pedidos.>
(com informações da Associated Presse)>