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Carol Neves
Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 12:41
Uma lesão grave na coluna que "mudou a vida" de Luigi Mangione, de 26 anos, pode ter levado o suspeito a assassinar a tiros o CEO de um plano de saúde em Nova York, na semana passada, em um caso que tem dominado os noticiários dos EUA. A suspeita foi compartilhada pela polícia na quinta-feira (12).
Luigi é apontado como suspeito pela morte do diretor executivo da UnitedHealthcare Brian Thompson, no centro de Manhattan, crime que deu início a uma busca nacional que só se encerrou na segunda, quando o acusado foi preso após ser reconhecido em uma lanchonete no estado da Pensilvânia.
Mangione é um engenheiro de dados formado pela Universidade da Pensilvânia e vem de uma família rica de Baltimore, que comanda um verdadeiro império imobiliário e inclusive com histórico de doações milionárias a hospitais. A polícia ainda tenta entender o que teria levado o jovem a cometer o crime.
Em uma rede social, Mangione expunha uma foto de uma radiografia de uma coluna vertebral que mostra um implante médico. Amigos e conhecidos também relataram que ele enfrentava um problema de dor crônico nas costas que vinha diminuindo sua qualidade de vida.
"Parece que ele teve um acidente que o levou à emergência em julho de 2023, e foi uma lesão que mudou sua vida", contou o chefe de detetives do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), Joseph Kenny, à NBC. "Ele postou radiografias de parafusos inseridos em sua coluna vertebral. Portanto, a lesão que sofreu mudou sua vida, alterou seu modo de viver, e isso pode tê-lo colocado nesse caminho", acrescenta.
Apesar disso, a polícia não encontrou sinais de que Mangione fosse cliente da UnitedHealthcare. A suspeita é que ele pode ter focado nessa seguradora de saúde por ser a maior organização do setor nos EUA.
Quando foi preso, o suspeito tinha um manuscrito de três páginas em que criticava o sistema de saúde dos EUA, que teria como prioridade o lucro, ao invés do cuidado dos clientes.
O suspeito segue preso na Pensilvânia. A defesa informou que ele se declara inocente de todas as acusações e tenta evitar extradição para Nova York, onde deve responder por homicídio.