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Jovem fica tetraplégica após levar garrafada e pede por eutanásia: 'Não é vida'

Situação de Erika piorou com o tempo, e a família tem enfrentado dificuldades com o atendimento médico

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 09:46

Erika Yanira Morales
Erika Yanira Morales Crédito: Reprodução

A vida de Erika Yanira Morales, uma jovem de 20 anos, residente de Pasto, na Colômbia, teve uma reviravolta drástica em 2021, quando sofreu um violento ataque em um bar. Desde então, ela vive com as sequelas de um grave acidente, que a levou a pedir a eutanásia. Durante uma transmissão ao vivo no Facebook, sua irmã, Tatiana Morales, compartilhou detalhes da tragédia que mudou para sempre a vida da família. Erika, então com 17 anos, foi atingida na cabeça por uma garrafa durante uma briga no bar, o que resultou em múltiplos derrames cerebrais e em diversas incapacidades irreversíveis. As informações foram divulgadas pelo El Tiempo. 

Com a tetraplegia de Erika, a vida de sua família se tornou ainda mais difícil. A mãe assumiu os cuidados diários de Erika, levando-a para consultas médicas, ajudando nas necessidades básicas e também arcar com as despesas hospitalares, como aluguel, fraldas e medicamentos. "Precisamos pedir ajuda para conseguir pagar o aluguel e outras necessidades", afirmou Tatiana à publicação.

O quadro de saúde de Erika nunca apresentou sinais de melhora. Os médicos nunca deram esperança à família, sempre alertando que sua condição poderia piorar a qualquer momento. 

A comunicação da família com Erika também precisou se adaptar: como ela não pode falar, agora se comunicam através de um alfabeto. "Ela usa esse alfabeto para nos dizer tudo o que sente", contou a irmã. Além disso, Erika passou a necessitar de enfermeiras particulares e serviços médicos especializados.

A situação de Erika piorou com o tempo, e a família tem enfrentado dificuldades com o atendimento médico. Tatiana relatou que a unidade de saúde atual tem prestado um serviço inadequado, o que tem agravado a condição de Erika. "A unidade de saúde tem prestado um serviço muito ruim, e a assistência precisa ser diferente para quem está consciente", afirmou.

Com o agravamento de sua saúde, Erika perdeu peso rapidamente e desenvolveu úlceras por pressão. "Ela me pede para encontrar alguém que possa ajudá-la com o que precisa, e, no momento, não é dinheiro", revelou Tatiana. Em uma carta, Erika expressou seu cansaço e desespero: “Praticamente vivo graças à respiração mecânica. Estou cansada de depender dos outros”, escreveu.

Diante dessa situação, Erika pediu à sua mãe e irmã que buscassem a eutanásia. “Ela não aguenta mais a dor. Está muito magra, seu corpo não tolera mais alimentação”, contou Tatiana. No entanto, o pedido para garantir a morte digna foi negado pela EPS Emssanar, porque foi feito pela mãe de Erika e não pela própria jovem.

Atualmente, Erika está sob os cuidados de sua mãe, já que os auxiliares de enfermagem fornecidos pela unidade de saúde só a atendem dez vezes por mês, quando a família considera necessário que seja atendida diariamente. "Minha irmã está sob cuidados inadequados. Não enviam profissionais capacitados para atendê-la", lamentou Tatiana.

A legislação colombiana prevê o direito à morte digna, permitindo que pessoas em sofrimento extremo, devido a doença incurável ou grave lesão, possam solicitar a eutanásia. O Ministério da Justiça descreve que uma pessoa maior de idade, que sofra de sofrimento físico ou psíquico intenso, pode fazer esse pedido a seu médico, desde que seu consentimento seja livre e informado.