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Gesto de Elon Musk em evento de Trump é comparado a saudação nazista

Bilionário reagiu de forma irônica e disse que chamar todos de Hitler é "tão clichê"

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 09:04

Elon Musk
Elon Musk Crédito: Reprodução

O bilionário Elon Musk chamou atenção durante um evento da posse de Donald Trump, o novo presidente dos Estados Unidos, ao fazer um gesto de agradecimento aos apoiadores que foi comparado à saudação nazista. 

Enquanto agradecia, ele colocou a mão direita sobre o peito e a levantou algumas vezes, o que levou alguns usuários do X (antigo Twitter), rede social que pertence a Musk, a associarem o bilionário ao gesto nazista que era usado por Adolf Hitler e seus seguidores.

A historiadora Claire Aubin, especializada em nazismo nos Estados Unidos, afirmou que o gesto de Elon Musk no evento foi, de fato, uma "saudação nazista", o famoso "sieg heil". O congressista democrata Jimmy Gomez criticou, dizendo no X: "Bem, não demorou muito".

A historiadora e especialista em fascismo Ruth Ben-Ghiat também se manifestou sobre o episódio, no X, dizendo que o gesto de Musk "era de fato uma saudação nazista, e muito agressiva".

Musk reagiu às alegações de forma irônica, dizendo se tratar de um "ataque batido": "Francamente, eles precisam de truques sujos melhores. O ataque de 'todo mundo é Hitler' é tããão clichê", escreveu em uma postagem.

Além de Musk, outros bilionários do setor de tecnologia marcaram presença na posse de Trump em Washington. Entre eles estavam Jeff Bezos, fundador da Amazon, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, Tim Cook, líder da Apple, e Sundar Pichai, diretor do Google. Todos estiveram juntos na Igreja de São João, em fotos registrando o evento. Esse foi o maior encontro público do alto escalão da tecnologia em Washington desde uma audiência no Congresso em 2020, onde executivos de empresas como Facebook, Google, Amazon e Apple foram questionados sobre práticas monopolistas.

Recentemente, Elon Musk expressou diversas vezes seu apoio ao partido de extrema direita alemão AfD, à primeira-ministra italiana de extrema direita Giorgia Meloni e ao partido britânico anti-imigração Reform UK.

Amy Spitalnick, líder da organização judaica JCPA, afirmou em um comunicado: "Elon Musk sabia exatamente o que estava fazendo com a saudação romana fascista no evento de Trump hoje, que ocorre logo após seu apoio explícito a políticas e partidos de extrema direita".

Aproximação

A forte presença de líderes da tecnologia na posse de Trump reflete a estreita relação que alguns deles têm com o presidente. Essa aproximação contrasta com críticas passadas, como a de Trump sobre a Meta, quando chamou o Facebook de "inimigo do povo" em 2024. Contudo, as relações entre Trump e Zuckerberg melhoraram, a ponto de o CEO da Meta ter jantado na casa de Trump em Mar-a-Lago e sua empresa ter doado US$ 1 milhão para o fundo do evento de posse.

Recentemente, Zuckerberg anunciou novas diretrizes para a Meta, destacando que a empresa estava voltando às suas "raízes" e dando prioridade à liberdade de expressão. Ele também informou que a Meta abandonaria a checagem independente de fatos no Facebook e Instagram, decisão que foi bem recebida pelos apoiadores de Trump, que a viram como uma redução da censura. Além disso, Zuckerberg anunciou a entrada de Dana White, presidente do UFC e apoiador de Trump, no conselho administrativo da Meta, reforçando ainda mais a aliança com o presidente.