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Gelo nas regiões polares atinge mínimo enquanto temperaturas globais disparam

Temperaturas globais elevadas e secas intensas marcam o segundo mês do ano, com impactos nos polos e em diversas regiões do planeta

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Carol Neves

  • Agência Brasil

Publicado em 6 de março de 2025 às 09:11

Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do Brasil na Antártica
Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do Brasil na Antártica Crédito: Mauricio de Almeida/ TV Brasil

O gelo marinho global atingiu um novo recorde negativo em fevereiro de 2025, ficando abaixo do mínimo histórico registrado no mesmo período de 2023. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia, combinam medições por satélite do Ártico e da Antártica, mostrando uma redução significativa na cobertura de gelo em ambos os polos.

No Ártico, a extensão do gelo marinho ficou 8% abaixo da média para o mês, marcando o menor nível já registrado para fevereiro, período em que costuma estar próximo ao máximo anual. Esse é o quarto recorde consecutivo de redução observado nos últimos meses. Já na Antártica, o gelo marinho atingiu a quarta menor extensão mensal para fevereiro, ficando 26% abaixo da média. Caso não haja um novo recorde em março, este será o segundo menor nível de gelo já registrado na região em todos os meses.

As temperaturas globais também continuaram em alta. Fevereiro de 2025 registrou uma temperatura média do ar na superfície de 13,36°C, 0,63°C acima da média para o mês (calculada entre 1991 e 2020). Esse foi o terceiro fevereiro mais quente já registrado. Em comparação ao período pré-industrial (1850-1900), o mês ficou 1,59°C acima da média, sendo o 19º mês, nos últimos 20, em que a temperatura global superou 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Samantha Burgess, responsável estratégica pelo clima no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), destacou a relação entre o aquecimento global e o derretimento do gelo marinho. “Uma das consequências de um mundo mais quente é o derretimento do gelo marinho, e o recorde ou quase recorde de baixa cobertura de gelo marinho, em ambos os polos, empurrou a cobertura global de gelo marinho para um mínimo histórico”, explicou.

A temperatura média da superfície do mar também atingiu níveis preocupantes. Em fevereiro de 2025, foi registrada uma média de 20,88°C nas zonas temperadas e intertropicais, a cerca de 10 metros de profundidade. Esse é o segundo valor mais alto para o mês, ficando apenas 0,18°C abaixo do recorde de fevereiro de 2024.

Além do derretimento do gelo, o mês foi marcado por secas intensas em várias regiões do mundo. Na Europa, as chuvas ficaram abaixo da média, com umidade do solo reduzida em grande parte da Europa Central e Oriental, no Sudeste da Espanha e na Turquia. Outras áreas, como a maior parte da América do Norte, o Sudoeste e Centro da Ásia, o leste da China, a Austrália e a América do Sul, também enfrentaram condições mais secas que o normal. Na Argentina, a seca contribuiu para incêndios florestais.

Os dados do Copernicus reforçam a urgência de ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que continuam a impactar o planeta com temperaturas recordes, redução do gelo marinho e eventos climáticos extremos.