Funerárias produzem caixões que remetem a profissão ou nível social dos mortos

Outras opções incluem ataúdes em forma de tênis, avião, celular e peixe

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Publicado em 20 de março de 2024 às 21:18

Funerária de Kwame Marfo, outra empresa do ramo de caixões criativos em Gana
Funerária de Kwame Marfo, outra empresa do ramo de caixões criativos em Gana Crédito: Reprodução/Facebook

Funerárias de Gana estão enterrando os mortos em caixões que remetem às suas profissões ou à posição social que ocupavam. Ataúdes em forma de sapato, de avião, de celular ou de peixe estão se tornando cada vez mais comuns. As informações são do jornal Extra.

Uma das empresas por trás da empreitada inusitada pertence à família Adjetey. "Os caixões geralmente representam a profissão ou a posição social que o falecido ocupava na sua comunidade; por exemplo, um agricultor de cacau será enterrado numa semente de cacau", explicou Eric Adjetey, terceira geração de uma família de artesãos ganenses, em reportagem publicada no "Clarín".

"Mas, ao mesmo tempo, alguém muito rico que sempre se deslocava de um lugar para outro em seu carro luxuoso poderia perfeitamente estar enterrado no mesmo modelo Mercedes-Benz que tanto adorava", completou ele.

Filho e neto de carpinteiros artesãos, para Eric tudo começou, de alguma forma, quando, no início da década de 1950, seu avô decidiu realizar o último desejo de sua falecida esposa: enterrá-la num caixão em forma de avião:

"Os aviões sempre sobrevoavam a oficina prontos para pousar no Aeroporto Internacional de Kotoka (em Accra) e minha avó sempre dizia o quanto gostaria de voar em um deles."

Os caixões produzidos pela família Adjetey e por outras empresas do ramo em Gana custam em média R$ 10 mil.