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Estadão
Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 20:23
As autoridades de saúde pública dos EUA foram orientadas a parar de trabalhar com a Organização Mundial da Saúde (OMS) de forma imediata. O funcionário dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) John Nkengasong enviou um memorando aos principais líderes da agência na noite de ontem, informando que todos os funcionários da agência que trabalham com a OMS devem interromper imediatamente suas colaborações e "aguardar novas orientações". >
Especialistas afirmaram que a interrupção repentina foi uma surpresa e atrasaria o trabalho de investigação e tentativa de interromper os surtos do vírus de Marburg e do mpox na África, bem como as ameaças que estão surgindo em todo o mundo. Isso também ocorre no momento em que as autoridades de saúde estão monitorando os surtos de gripe aviária entre animais dos EUA.>
A Associated Press teve acesso a uma cópia do memorando de Nkengasong, que dizia que a política de suspensão do trabalho se aplicava a "todos os funcionários do CDC envolvidos com a OMS por meio de grupos técnicos de trabalho, centros de coordenação, conselhos consultivos, acordos de cooperação ou outros meios - presenciais ou virtuais". Ele também diz que a equipe do CDC não tem permissão para visitar os escritórios da OMS.>
No sábado (25), o presidente Donald Trump indicou que poderia considerar fazer com que os Estados Unidos voltem a integrar a Organização Mundial da Saúde (OMS). A condição colocada pelo presidente americano, segundo a CNN, é a diminuição do valor que teria de repassar ao órgão.>
Segundo o republicano, os EUA pagavam US$ 500 milhões por ano à OMS, enquanto a China pagava US$ 39 milhões, mesmo tendo uma população maior.
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Em 2020, durante seu primeiro mandato, Trump tirou os Estados Unidos da organização. Entretanto, Joe Biden fez a reintegração quando assumiu, em 2021.>