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Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2024 às 10:24
A cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ficou debaixo d'água após tempestades registradas nos últimos dias, causando transtornos e prejuízos. As chuvas, as maiores no país asiático nos últimos 75 anos, atingiram também outras regiões, como o emirado de Al Ain, e danificaram infraestruturas públicas e privadas, além de deixar pelo menos uma pessoa morta no emirado de Ras al Khaimah. >
Em Dubai, uma das cidades mais ricas e luxuosas do mundo, as chuvas deixaram shoppings alagados, carros submersos nas ruas e estradas completamente inundadas. Imóveis tiveram suas casas invadidas pelas águas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas abandonando seus carros nas ruas quando o nível da água começou a aumentar e entrar nos automóveis. >
A Sheikh Zayed Road, uma rodovia de 12 pistas que atravessa Dubai, também ficou debaixo d'água, deixando milhares de pessoas presas em um engarrafamento quilométrico que durou horas.>
No aeroporto internacional de Dubai, o segundo mais movimentado do mundo, a pista de pouso ficou completamente alagada e, por causa do volume de chuvas, as operações precisaram ser encerradas por um período nesta terça-feira (16). A Emirates, uma das maiores companhias aéreas do mundo, chegou a suspender os embarques de passageiros em função do caos provocado pelas tempestades. >
“Estamos trabalhando arduamente para recuperar as operações o mais rápido possível em condições muito desafiadoras”, orientou um comunicado emitido pelo aeroporto de Dubai. A administração do equipamento ainda pediu que as pessoas não fossem ao local, “a menos que seja absolutamente necessário”.>
A situação foi causada pelo volume de chuvas muito acima do histórico do país, de clima seco e quente. Em apenas 12 horas, foram 100 milímetros, o equivalente a um ano de chuvas nos Emirados Árabes. >
As chuvas que atingiram Dubai estão associadas a um sistema de tempestades que atravessa a Península Arábica e o Golfo de Omã. Os temporais atingiram também o Bahrain e Omã, onde pelo menos 19 pessoas morreram em decorrência dos temporais, incluindo crianças em idade escolar.>